O presidente da Câmara Municipal de Resende, António Borges, deu no ano passado início ao seu último mandato à frente
do município, depois
de oito anos em que lutou para desenvolver um
concelho que ainda luta com algumas dificuldades. Em entrevista ao Diário
de Viseu, o autarca falou sobre as obras que
gostava de ver
concretizadas até 2013
e o desejo de ver
a vila mais virada
para o rio Douro
Diário de Viseu (DV) - Que obras gostava de ver concretizadas até ao final do seu mandato?
António Borges (AB) - Há obras que temos de concretizar até ao fim. Existe um conjunto de projectos de investimentos, particularmente na sede do concelho, que são muito significativos. Vamos inaugurar o Centro Escolar de Resende e temos as obras dos quartéis da GNR e dos Bombeiros Voluntários, que recentemente foram visitadas pelo governador civil. Não podemos esquecer o novo Estádio Municipal de Resende, que está orçado em cerca de dois milhões de euros, cuja construção será iniciada no próximo mês de Abril, encontrando-se já adjudicada. E existe um acordo com a Parque Escolar para a requalificação da Escola Básica de 2º e 3º Ciclo e Secundária de Resende, que vai custar sete milhões de euros.
DV - Que intervenções estão previstas no âmbito do Programa de Regeneração Urbana?
AB - O Programa de Regeneração Urbana, que resulta de uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional, irá possibilitar uma intervenção no espaço central do nosso concelho. Iremos arrancar com a primeira fase do nosso Parque Urbano que ligará Resende ao Rio Douro. O objectivo é fazer de Resende uma sede de concelho ribeirinha do Douro e para isso é preciso fazer a ligação, seguindo o exemplo de Porto e Gaia e da vila do Peso da Régua, não há mais nenhuma. Os cerca de 2,5 milhões de euros de investimento previstos no Programa de Regeneração Urbana irão também ser gastos no nosso Mercado Municipal, que está a precisar de obras, porque o seu actual aspecto não é aquele que pretendemos para os equipamentos existentes na vila.
DV - Que outros investimentos deverão avançar ainda neste mandato?
AB - Temos ainda o Parque Empresarial que está em construção, localizado na freguesia de Anreade, a três quilómetros de Resende. Além disso, iremos também lançar o Centro Escolar de S. Cipriano que "encerra" o ciclo de novos centros escolares no concelho. Com esta obra todo o nosso parque escolar ficará renovado.
DV - Quais são os planos para as Termas das Caldas de Arêgos?
AB - Estamos a preparar o lançamento de uma parceria público-privada com vista ao aproveitamento das termas. É um elemento chave deste mandato, ao permitir apostar no recurso termal, criando ali o terceiro grande pólo urbano do concelho, depois da requalificação da vila de S. Martinho de Mouros e de Resende. A parceria irá permitir investimentos em áreas tradicionais como a exploração das termas, mas também na área da restauração, da hotelaria, da requalificação urbana, do aproveitamento geotérmico e no sector imobiliário. Estamos a falar de um projecto que irá transformar a vocação económica do concelho.
DV - Chegar a Resende ainda é uma tarefa complicada. O que está previsto em termos de acessibilidades?
AB - Neste momento temos um protocolo com a Estradas de Portugal e a Câmara está hoje a elaborar o projecto de execução da ligação de Resende a Bigorne, isto é, à A24. Temos tido uma abertura como nunca tivemos por parte da Estradas de Portugal e do Governo e esse protocolo, que obriga a que a autarquia tenha a obrigação de executar o projecto e de executar a prospecção geotécnica, poderá permitir que ainda este ano tenhamos boas notícias em relação a essa via. Trata-se de uma das apostas deste mandato.