O PSD efectuou, na semana passada, na Assembleia da República, uma interpelação ao Governo em matéria de políticas económicas que colocou a nu o vazio de ideias e de propostas por parte de Pedro Passos Coelho, pois nem sequer uma medida ou ideia foi apresentada pelos seus parlamentares.
Por seu lado, o Governo, através de Vieira da Silva e de Pedro Silva Pereira, colocou o PSD perante os seguintes factos: i) criação, já em Junho, de mais uma linha de crédito de 1.250 milhões de euros para apoio às PME (Investe 6), incluindo uma parcela de 450 milhões para empresas exportadoras e uma outra de 350 milhões para micro e pequenas empresas; ii) O produto interno bruto (PIB) nacional teve um crescimento de 1,8 por cento no primeiro trimestre de 2010, comparado com o período homólogo, e subiu 1,1% em relação aos últimos três meses de 2009; iii) as exportações registaram um crescimento de 8,5%.
Devemos embandeirar em arco com estas medidas e com estes resultados? Claro que não, mas devemos, isso sim, ter consciência de que para combater uma crise internacional grave precisamos de determinação, de solidariedade e de parcerias institucionais fortes e coerentes, que não digam hoje sim e amanhã o seu contrário.
Infelizmente este PSD já começa a dar muitos sinais de ziguezague, depois da concordância com as medidas de estabilidade e crescimento que aprovou. Começa a ficar o PSD, esse sim, numa situação insustentável!
Na política não vale tudo: a responsabilidade não é só para os momentos fáceis!