José Junqueiro, líder da Federação Distrital do PS e secretário de Estado da Administração Local, e António Borges, presidente da Câmara de Resende são dois dos socialistas que vão votar em Manuel Alegre nas próximas Eleições Presidenciais.
Os socialistas vão seguir a orientação aprovada no domingo pela Comissão Nacional, embora por diferentes razões. A Comissão Nacional decidiu por ampla maioria (10 votos contra e uma abstenção) que o partido apoiará a candidatura presidencial de Manuel Alegre
O secretário de Estado da Administração Local anunciou o seu apoio a Manuel Alegre, mesmo antes da proposta da Comissão Nacional ter sido aprovada. José Junqueiro já tinha a sua opinião formada, afirmando que antes de conhecer a posição do partido "apoiar Manuel Alegre já era uma convicção" que tinha.
O socialista referiu tratar-se de um apoio enquanto militante, lembrando que o assunto sobre o apoio a Manuel Alegre, no órgão distrital, será discutido na próxima reunião da Federação que deverá acontecer dentro de dias, não existindo, por isso, uma posição oficial. Explicou que a aprovação da proposta da Comissão Nacional surgiu depois de um debate com os líderes das Federações e presidentes de Câmara do PS.
"Há uma orientação do PS e penso que os militantes a vão seguir, mas isso não impede que votem noutro candidato", sustentou o secretário de Estado, lembrando, contudo, que Manuel Alegre é "o candidato da alternativa".
Também o presidente da Câmara de Resende anunciou ontem que irá votar em Manuel Alegre. "Depois da deliberação de domingo, estou solidário com a decisão do partido", sustentou.
O autarca sempre defendeu que deveria ser dada liberdade de voto, mas, neste momento, o seu argumento é o de "solidariedade para com o PS". "Fizemos um debate importante dentro do partido e esta foi a decisão", concluiu.
Antes da aprovação da Comissão Nacional, o apoio do PS à candidatura de Manuel Alegre motivou diferentes opiniões no seio do partido.
Apesar da orientação, José Sócrates frisou que o PS "é um partido de tolerância".
Assim, para o líder, os militantes do PS que se recusarem a apoiar Alegre nas próximas eleições presidenciais, contra a posição oficial deste partido, não serão alvo de sanções.
Manuel Alegre anunciou a 15 de Janeiro - e formalizou depois no início de Maio - a sua disponibilidade para se candidatar à Presidência da República, afirmando que Portugal "vive uma hora difícil" e que "é preciso acreditar e agir".
Militante socialista desde 1974, Manuel Alegre concorreu como independente às eleições presidenciais de 2006, nas quais obteve 20,72 por cento dos votos, suplantando Mário Soares, o candidato oficial do PS (que se ficou pelos 14,34 por cento).
O BE anunciou também o apoio à candidatura de Alegre, considerando que este trará "um projecto mobilizador de esperança e de convergência".
Retirado do Diário de Viseu
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