Carlos Marta, 53 anos, presidente da Câmara Municipal de Tondela, é um dos dois autarcas do distrito reformados desde o passado dia 1. Questionado pelo Diário de Viseu sobre as razões que o levaram a pedir a reforma, justificou dizendo que o motivo está relacionado com o tempo de serviço e acrescentou que não iria ter benefícios se continuasse mais tempo como trabalhador.
Ao pedir a reforma antecipada, Carlos Marta foi penalizado na quantia que irá receber, que deverá rondar os 2.006 euros, segundo dados da Caixa Geral de Aposentações. Essa penalização não preocupou o presidente, que avançou mesmo com o pedido de reforma antecipada.
Apesar de já estar aposentado, Carlos Marta vai continuar a exercer a sua função de presidente da Câmara, ficando a pensão suspensa até ao fim do mandato. Este é o último mandato de Marta à frente dos desígnios de Tondela, contudo, o autarca garante que isso não pesou na sua decisão.
E depois do mandato? "A partir daí posso fazer coisas completamente diferentes", disse, não descartando a hipótese de continuar na vida política.
Na mesma situação está o presidente da Câmara de Resende, também no último mandato e igualmente aposentado desde o dia 1. António Borges deverá receber cerca de 2.105 euros, mas só quando terminar o mandato, para o qual foi eleito nas últimas eleições autárquicas, em Outubro do ano passado.
No ano passado, 40 elementos de executivos camarários do país pediram a reforma, 18 dos quais presidentes de Câmaras.