O PSD de Resende quer que o seu município faça parte da lista dos concelhos isentos do pagamento de portagens "por se tratar de elementar justiça e equidade para a população resendense".
"Os resendenses não podem ser duplamente penalizados: além de não terem um acesso condigno à A24 ainda teriam de pagar portagens", criticam em comunicado. Por isso, defendem que, ao manter-se a "discriminação positiva" no pagamento de portagens nas SCUT, Resende deverá constar nessa lista de utilizadores-não pagadores.
Esclarecem que, apesar de o concelho não ser atravessado por uma SCUT, depende "determinantemente" da A24 (da qual dista 1.500 metros) "para o seu desenvolvimento e para a tão apregoada 'coesão territorial'".
"A A24 é um eixo rodoviário estruturante na transição entre a região do Douro e das Beiras e é utilizada diariamente pelos resendenses em movimentos pendulares laborais, principalmente na ligação com a sua sede de distrito: Viseu", explicam no documento.
Segundo os sociais-democratas, Resende tem uma das "piores situações a nível nacional nas acessibilidades e conexões intermunicipais". Portanto, a "anunciada/adiada" Estrada Nacional 222-2 (contemplada no Plano Nacional Rodoviário), que faz a ligação entre Resende e a A24 (com o nó em Bigorne), irá aumentar a utilização desta via pelos habitantes daquele município.
O critério definido para que alguns concelhos não paguem portagens tem que ver com o Índice de Poder de Compra Concelhio que terá de ser inferior à média nacional (IPCC<100). A isenção é aplicada aos residentes e às actividades económicas do respectivo concelho que apresenta um índice de poder de compra baixo.
De acordo com o PSD, o concelho de Resende apresenta "um dos piores índices de poder de compra no contexto nacional".