Quem usa, com frequência saudável, a sensatez na resolução de problemas, opta muitas vezes como solução pela via mais fácil. É quase sempre uma receita de sucesso. Para resolver um problema - uma viagem, um regressar a casa -, escolher o caminho mais fácil aumenta em muito as probabilidade de sucesso, de chegar cedo e em segurança - e já agora de poupança. Não deixa de ser curioso que na prática politica a opção pelo caminho mais fácil é sempre lida como falta de rigor, empenho e coragem. Este argumento, em abono da verdade, é utilizado por todos em várias ocasiões. Importa é saber: fácil para quem? Para quem decide ou para o País?
O governo tem vindo a criar um “clima” para mais um aumento de impostos: faltam 4,5 mil milhões de euros para cumprir a meta do défice (7,3%). Dirão muitos que o governo vai pelo caminho mais fácil; nada mais errado. Na política procura-se qualidade de vida, uma sociedade moderna com índices de desenvolvimento humano ao nível dos melhores exemplos Europeus. O caminho mais fácil é o que permite atingir o objectivo de forma rápida, segura e duradoura. Partindo do princípio que os governos perseguem esse objectivo, fica fácil perceber que o caminho que escolheram foi o mais fácil para chegar ao poder, mas o mais difícil para o manter, para a credibilidade da vida pública, e principalmente para o país. Aumentar impostos não foi o mais fácil: castiga os contribuintes com uma insuportável carga fiscal, uma das mais elevadas da Europa, retira competitividade e afasta investimento. Este foi o caminho de todos os governos PS/PSD nos últimos 30 anos. O dinheiro fácil criou um estado obeso e gastador, afastou o país dos melhores da Europa, e criou dificuldades a empresas e famílias.
Fica claro que o caminho mais fácil deveria ser outro: arrecadar de forma justa e equilibrada, gastar com igual rigor e dentro das possibilidades. Mas o caminho escolhido foi engordar as empresas públicas com muitos fiéis e poucos competentes, funcionários públicos acima dos necessários para um bom serviço público, mas aquém dos interesses de cacique partidário, institutos, fundações, empresas municipais de utilidade duvidosa, projectos e grandes obras públicas que não respondem ao interesse geral mas ao interesse de muito poucos. Este foi o caminho fácil que os governos quiseram fazer e que conduziram o país às dificuldades de hoje. Foi tão fácil que foi necessário o Presidente da República alertar para as dificuldades de resistir a esta crise.
Da OCDE vieram recomendações muitas criticáveis; outras merecem melhor estudo, como a ideia de nichos fiscais, que pode ser interessante, em contraponto a um aumento de impostos generalizado. As restantes recomendações vão estar no próximo orçamento: aumento de impostos, congelar pensões, cortar salários e benefícios, e mais infra-estruturas. São algumas das medidas que o PS promete adoptar. Terá seguramente oposição nas ruas, e teremos todos um mês de Outubro muito complicado em termos políticos.
Não sei como tudo acabará, mas espero que não se volte a optar pelo caminho mais fácil. PS e PSD cimentaram níveis de votação que lhes permitiram alternar no governo. Congelar ou diminuir os salários da função pública, ao contrário do que dizem os sindicatos, não é o caminho mais fácil: é o mais difícil. Fácil foi aumentar 2% em véspera de eleições, e com o país em recessão; foi fácil para ganhar eleições, mas fatal para as contas do estado. Foi fácil distribuir sem rigor o rendimento mínimo e outros subsídios; difícil é mantê-los ou reduzi-los. Na situação actual, é fácil nomear militantes para as empresas públicas, ou prometer e contratar obra pública que torne fácil o caminho da “caça ao voto”. Foi fácil para esta geração, mas deixa um caminho muito difícil para a gerações futuras.
O governo tem vindo a criar um “clima” para mais um aumento de impostos: faltam 4,5 mil milhões de euros para cumprir a meta do défice (7,3%). Dirão muitos que o governo vai pelo caminho mais fácil; nada mais errado. Na política procura-se qualidade de vida, uma sociedade moderna com índices de desenvolvimento humano ao nível dos melhores exemplos Europeus. O caminho mais fácil é o que permite atingir o objectivo de forma rápida, segura e duradoura. Partindo do princípio que os governos perseguem esse objectivo, fica fácil perceber que o caminho que escolheram foi o mais fácil para chegar ao poder, mas o mais difícil para o manter, para a credibilidade da vida pública, e principalmente para o país. Aumentar impostos não foi o mais fácil: castiga os contribuintes com uma insuportável carga fiscal, uma das mais elevadas da Europa, retira competitividade e afasta investimento. Este foi o caminho de todos os governos PS/PSD nos últimos 30 anos. O dinheiro fácil criou um estado obeso e gastador, afastou o país dos melhores da Europa, e criou dificuldades a empresas e famílias.
Fica claro que o caminho mais fácil deveria ser outro: arrecadar de forma justa e equilibrada, gastar com igual rigor e dentro das possibilidades. Mas o caminho escolhido foi engordar as empresas públicas com muitos fiéis e poucos competentes, funcionários públicos acima dos necessários para um bom serviço público, mas aquém dos interesses de cacique partidário, institutos, fundações, empresas municipais de utilidade duvidosa, projectos e grandes obras públicas que não respondem ao interesse geral mas ao interesse de muito poucos. Este foi o caminho fácil que os governos quiseram fazer e que conduziram o país às dificuldades de hoje. Foi tão fácil que foi necessário o Presidente da República alertar para as dificuldades de resistir a esta crise.
Da OCDE vieram recomendações muitas criticáveis; outras merecem melhor estudo, como a ideia de nichos fiscais, que pode ser interessante, em contraponto a um aumento de impostos generalizado. As restantes recomendações vão estar no próximo orçamento: aumento de impostos, congelar pensões, cortar salários e benefícios, e mais infra-estruturas. São algumas das medidas que o PS promete adoptar. Terá seguramente oposição nas ruas, e teremos todos um mês de Outubro muito complicado em termos políticos.
Não sei como tudo acabará, mas espero que não se volte a optar pelo caminho mais fácil. PS e PSD cimentaram níveis de votação que lhes permitiram alternar no governo. Congelar ou diminuir os salários da função pública, ao contrário do que dizem os sindicatos, não é o caminho mais fácil: é o mais difícil. Fácil foi aumentar 2% em véspera de eleições, e com o país em recessão; foi fácil para ganhar eleições, mas fatal para as contas do estado. Foi fácil distribuir sem rigor o rendimento mínimo e outros subsídios; difícil é mantê-los ou reduzi-los. Na situação actual, é fácil nomear militantes para as empresas públicas, ou prometer e contratar obra pública que torne fácil o caminho da “caça ao voto”. Foi fácil para esta geração, mas deixa um caminho muito difícil para a gerações futuras.
Hélder Amaral
Deputado do CDS-PP