António Almeida Henriques Vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD |
Se não estivéssemos perante alguém que procurou sempre manipular as contas do Estado, o mais natural era disponibilizar toda a informação, afinal de contas quem não deve não teme, assim diz o Povo.
O histórico não abona para a seriedade dos números do Governo, ainda recentemente o PEC IV ficou obsoleto em dez dias.
Numa primeira correcção o Instituto Nacional de Estatística veio dizer que havia uma derrapagem orçamental de 3.000 milhões de euros em 2010 e correcções de quase 2.500 milhões nos anos de 2007, 2008 e 2009, colocando sempre acima dos 3% a fasquia do défice; na véspera da Páscoa, nova correcção, nova derrapagem de mais 1.000 milhões, a assumida pelo Governo foi de 6,8%, já vai em 9,1%, só em 2010.
No que á divida pública diz respeito, em 3 anos passou de 68,3% do PIB para 93%, um acréscimo de 24, 7%, mais 42.500 mil milhões de euros.
O desempenho deste Governo esteve sempre mau, mesmo antes da crise no final de 2008.
Para além da responsabilização, é preciso que os Portugueses penalizem quem nos colocou nesta situação, ainda bem que o PS candidata quase a totalidade dos membros do Governo nos diferentes círculos eleitorais, onze dos cabeças de lista fazem parte do elenco governamental, é mais fácil identificar o rosto dos “culpados” e responsabilizá-los pelo voto.
O PSD prepara-se para apresentar o seu Programa Eleitoral, ouve a sociedade, todos os dias novas ideias vêm a público para debate; face a todas elas o Governo e o PS promovem logo várias conferências de imprensa, com rostos diferentes, para acusar as ideias de irresponsáveis, inviáveis e de ataque ao Estado Social.
O imobilismo e o “bota abaixo” no seu melhor, o instigar do medo como arma, o PS já não tem capacidade para se regenerar e ter novas ideias, o seu Programa já é conhecido, o PEC IV.
De facto, com a mesma equipa, o mesmo programa, os mesmos métodos e a mesma liderança, o que se pode esperar?
Mais do mesmo, as mesmas politicas e actuações que nos conduziram ao estado calamitoso em que nos encontramos.
Só com novas ideias e novos protagonistas se conseguirá Mudar Portugal