Aquilino Rocha Pinto Presidente da Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu |
Aquilino Pinto, Presidente da Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu revelou publicamente a decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa vem colocar um ponto final sobre o caso da existência de duas Associações de Ténis de Mesa no distrito.
Recorde-se que o facto da existência de uma outra Associação de Ténis de Mesa sedeada em Viseu, embora não reconhecida pela Federação, poderia provocar alguma confusão junto de clubes e autarquia que apostam na prática da modalidade.
Aquilino Pinto esclareceu que a tal Associação “existe ilegalmente desde 1992. Só em Novembro de 1999 é que foi realizada (à pressa, presumo) a respectiva escritura notarial para lhe conferir personalidade jurídica, precisamente quando os responsáveis pela Associação, souberam pela própria Federação, que havia um conjunto de pessoas do Norte do Distrito, que tinham interesse em dinamizar a modalidade já que as pessoas de Viseu, dessa tal Associação, nunca colocaram os órgãos sociais a funcionar, nem nunca tinham feito nada em prol da modalidade, nem mesmo um simples campeonato Distrital.
Não faz parte da minha educação que recebi dos meus pais, nomeadamente da minha mãe, em falar mal dos outros, ainda para mais de pessoas que já não se encontram entre nós. No entanto gostaria de recordar um facto inédito. Os responsáveis dessa tal Associação “pirata”, quando souberam que a Federação reconheceu como sua Filiada a Associação sedeada em Resende, mais concretamente em São Martinho de Mouros, revoltadas com tal decisão, em Fevereiro de 2000, meteram um processo em tribunal à nossa Associação e à própria Federação pelo facto desta última ter reconhecido a Associação em reunião de Direcção e ter levado o assunto para a Assembleia Geral no qual foi votado por 95% de votos a favor da Filiação da Associação sedeada em Resende”.
O processo seguiu os trâmites normais e, em 9 de Maio de 2007, o Tribunal de Relação de Lisboa, deu razão à Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu. “Com esta decisão judicial termina uma “novela triste” provocada e apoiada por algumas pessoas do sul do Distrito, que pensam que dão a volta a tudo. Felizmente, ainda existe justiça neste País! Com esta decisão, a Associação está de “pedra e cal” no Norte do Distrito a servir os interesses de todos os simpatizantes da modalidade no Distrito de Viseu e do Distrito da Guarda, sendo a única Associação Distrital de Modalidade sedeada num Município/Vila.
Não poderei esquecer de referir e de agradecer aos elementos do Conselho Jurisdicional da Associação, aos Advogados, Manuel Bernardo, Fernando Silvério e Joaquim Areosa, que defenderam a honra e o bom nome desta instituição, enfatizou Aquilino Pinto”.
O apoio das autarquias
Refira-se que a tal Associação “pirata” trabalha directamente com algumas Autarquias. Um facto que, de certa forma, causa algum incómodo a Aquilino Pinto. “Cada Autarquia tem toda a legitimidade e autoridade de convidar qualquer pessoa para colaborar, mas acho que não deveriam apoiar Associações Distritais “piratas”.
Por outro lado, lamento que tentem ignorar a existência da nossa Associação que está devidamente legalizada, reconhecida pela Federação, pelo Tribunal de Relação de Lisboa e pela Presidência do Conselho de Ministros, como Instituição de Utilidade Publica.
O que mais me revolta e que me causa alguma confusão é que todas as Câmaras do Distrito (excepto as Câmaras de São Pedro do Sul e de Santa Comba Dão) passaram as declarações abonatórias solicitadas por nós em Fevereiro de 2005 a reconhecer o trabalho da nossa Associação, para podermos assim, organizar o processo de candidatura a Entidade Pública Desportiva. No entanto, não nos convidam para estar presentes e organizar os quadros competitivos da nossa modalidade, com a agravante de todas elas terem recebido uma comunicação da própria Federação que também ignoraram. A única Autarquia que nos convida sempre para colaborarmos nos Jogos Desportivos é a Autarquia de Lamego.
Sei que alguns Técnicos de Desporto de algumas Autarquias, querendo apenas repor a verdade dos factos, já interrogaram algumas pessoas ligadas a essas estruturas inter – municipais, perguntaram porque é que não se trabalha com a Associação sedeada em Resende, já que está reconhecida pela Federação? A resposta foi esta: não reconhecemos essa Associação. Algumas pessoas infelizmente julgam-se os “pavões”, que controlam tudo e que não dignificam o Dirigismo Associativo”.
Numa altura em que a Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu, está a comemorar o seu 12.º aniversário de existência, é de realçar o trabalho notável realizado em prol da modalidade. Aquilino Pinto tem sido a alma mater desta instituição.
O jovem Presidente e Fundador gizou, com sucesso, uma estratégia de divulgação e promoção do Ténis de Mesa que permite a prática Federada da modalidade a uma centena de jovens em escolas e clubes do Distrito de Viseu.