Baião, 08 set (Lusa) - A CP diz não haver condições técnicas para satisfazer centenas de clientes da linha do Douro que reclamam mais paragens comerciais na estação de Aregos, no concelho de Baião.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a empresa admite que naquela estação são efetuadas diariamente três paragens de comboios, nas quais não é permitida a entrada e saída de passageiros.
Esta situação foi denunciada recentemente pelo grupo parlamentar do partido "Os Verdes", que entregou no Parlamento um requerimento sobre a matéria ao ministério da Economia.
O partido lembrava que a população reclama que os referidos comboios que fazem paragens técnicas na estação passem a permitir a entrada e saída de passageiros, como exige a junta de freguesia de Santa Cruz do Douro e centenas de clientes da CP, que subscreveram um abaixo-assinado.
A CP esclarece que os três comboios do serviço inter-regional que param na estação de Aregos o fazem por razões técnicas, nomeadamente para permitirem o cruzamento de outros comboios. Segundo a empresa, essa situação decorre do facto de a linha do Douro ser de via única.
No comunicado destaca-se que na estação de Aregos fazem apenas paragens comerciais os comboios do serviço regional entre a Régua e Caíde.
As composições do serviço inter-regional, nomeadamente as que fazem paragens técnicas em Aregos, só efetuam paragens comerciais "nas estações que apresentam uma forte procura".
Segundo a CP, se fosse satisfeita a reivindicação da junta de freguesia e dos populares, haveria necessidade de reformular 90 por cento dos horários dos comboios na linha do Douro, condicionando circulações de linhas adjacentes.
A empresa anuncia também que as paragens técnicas na estação de Aregos vão deixar de ocorrer ainda durante o mês de setembro.
Esta estação é utilizada diariamente por pessoas que acedem à única unidade hoteleira do concelho de Baião ou à Fundação Eça de Queiroz, na Casa de Tormes, situadas em Santa Cruz do Douro.
Também muitos utilizadores da estância termal de Aregos, na margem esquerda do rio Douro, no concelho de Resende, utilizam o comboio como meio de transporte, beneficiando das travessias realizadas diariamente de barco entre ambas as margens.
O presidente da junta, Joaquim Carvalho, adiantou à Lusa que a insatisfação da população foi transmitida a todos os grupos parlamentares da Assembleia da República.
APM.
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