António Almeida Henriques Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional |
Paralelamente, essas atitudes, influenciaram a vitalidade dos espaços económicos nelas integrados, minando assim, por erros nossos, humanos e voluntários, a competitividade e a atractividade das economia locais e regionais.
Os percursos, ou as estratégias que, muitas vezes, impomos às cidades, impelindo-as, com as nossas acções, para a desconstrução não só urbanística mas social, criam um entrave ao desenvolvimento económico.
Os sucessivos governos não têm sabido gerir as dinâmicas das cidades, e os resultados estão, literalmente, à vista de todos.
A regeneração urbana é, por isso, uma prioridade para o Governo, e, acreditem, é também uma prioridade minha, enquanto Secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional. Nela me empenharei pessoalmente.
Por isso mesmo é que, nesta terça-feira, foi lançado o Fundo JESSICA.
Com ele, deu-se um passo muito importante para o desenvolvimento da reabilitação urbana em Portugal.
O JESSICA, enquanto instrumento financeiro, conta com uma dotação orçamental de 1.000 milhões de euros. É o primeiro passo, que se for bem-sucedido, poderá potenciar o aparecimento de outros fundos.
Espero que os agentes agarrem esta oportunidade.
Até porque o JESSICA apoia-se numa filosofia nova, não de fundo perdido, mas de financiamento a projectos que terão que apresentar retorno. Será um fundo que se auto-sustentará, ou seja, o financiamento feito através do JESSICA, terá que ter um retorno e animar o fundo, que ao longo dos anos financiará outros projectos.
Estamos perante uma política que não visa atribuir subsídios, mas apoiar e incentivar as boas iniciativas empresariais.
Só assim poderemos entrar numa nova fase de criação de riqueza e de modernização.
Só assim poderemos alcançar resultados concretos no sentido de renovar, recriar e reconstruir espaços urbanos mais vivos, dinâmicos, humanizados.
Para que as cidades e as pessoas se reencontrem.