Acácio Pinto Deputado do PS |
Os deputados do PS de Viseu e de Vila Real foram já bem claros: não concordam com esta opção do Governo e exortam, mesmo, os deputados dos outros partidos políticos, os autarcas, os agentes ligados ao setor e a população em geral a associarem as suas vozes no sentido da contestação desta péssima medida para o Douro, para o interior, mas sobretudo para a economia e para Portugal.
O Douro é um território com infindáveis potencialidades paisagísticas, culturais, patrimoniais e económicas que é preciso ter em devida conta. E só se pode esperar isto de um Governo com uma forte insensibilidade política e que revela pouco conhecer do Douro e desta realidade.
Estamos perante um destino turístico de excelência a nível mundial, assim considerado pela OMT, que é património da humanidade, que tem uma rede de museus ímpar (do Douro, de Foz Côa, de Lamego…) e que apresenta, para responder à procura que tem vindo a aumentar, uma qualificada rede hoteleira e de restaurantes com serviços de elevada qualidade fruto do trabalho de escolas de hotelaria e turismo, de que me permito destacar a de Lamego.
O turismo fluvial continua muito dinâmico havendo uma procura cada vez maior deste tipo de oferta turística.
Os números conhecidos, mais recentes, do final de 2011, revelam taxas de ocupação elevadas da hotelaria e, em épocas específicas, como o Carnaval e a Páscoa, por exemplo, a ocupação atinge, por vezes, os 100%.
Ou seja, o Douro está a contribuir fortemente para o crescimento de fluxos turísticos nacionais e internacionais e tal só pode ser continuado a fazer por uma entidade que saiba conjugar todos os esforços dos vários agentes e sinta a alma e o pulsar deste território. Em nossa opinião a Entidade de Turismo do Douro é a melhor plataforma para prosseguir este objetivo e consideramos que a sua morte anunciada será, a acontecer, mais um rude golpe no interior de Portugal em geral e no turismo em particular.