António Almeida Henriques
Secretário de Estado Adjunto
da Economia e Desenvolvimento Regional
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O rigor das contas públicas a que nos obrigamos, o sentido de responsabilidade dos portugueses que, apesar dos sacrifícios implicados, compreendem a necessidade de austeridade e critério na utilização dos seus impostos (desde o investimento público à prestações sociais) e nos exigem a verdade que durante tanto tempo lhes foi escondida são fortes sinais de esperança para Portugal.
A capacidade de trabalho dos portugueses, o compromisso das empresas com a inovação e a competitividade, a excelência do ensino têm que ser reconhecidas e incentivadas, criando condições para que todo este esforço conjunto seja convertido em oportunidades de crescimento e de emprego.
Com um passo de cada vez, bem assentes no chão, faz-se o caminho. Pelo menos o caminho orientado e consistente que nos leve ao desejado destino, sem desvios ou percalços como quando estivemos sem rumo, a divagar, a experimentar.
Este tempo de mudança, de esperança é também um tempo de oportunidade em que podemos realizar-nos como empreendedores que sempre fomos.
Portugal, pela competência que este governo tem demonstrado na interpretação da situação económica nacional e internacional, pela eficácia das medidas encontradas e implementadas para combater o défice excessivo, envolvendo todos os sectores na sociedade neste esforço de contributo colectivo, com especial incidência sobre os que mais têm, revelou capacidade de empenhamento no desígnio de pagar a dívida externa, honrar os compromissos e vontade de voltar a crescer.
O próximo ano é ano da travessia, sempre com vista à outra margem ou ficaremos sempre “à margem de nós mesmos”, como escreveu um dia Fernando Pessoa.