Com treinos às quintas-feiras das 18 às 19h15 e aos sábados das 10h às 12h, a escola pretende educar e ser a base de um crescimento em vários níveis nas crianças que por lá passam.
José António Pereira - Como surgiu a ideia de fundar esta escola de futsal?
Marcos Antunes – Esta escola surge porque existia um conjunto de malta mais nova que estava preocupada na forma como a formação desportiva estava a ser feita em Resende. Havia algum desinteresse. Não concordávamos muito com esse desinteresse que se dava à parte da formação e então, como já tínhamos uma experiencia noutro escalão, decidimos começar de base. Trabalhar com crianças a partir dos 5 anos e tentar levá-las o mais longe possível, principalmente até competirem com outro tipo de experiências e sabedoria no escalão de sénior.
JAP - E o porque do nome ‘’Os Afonsinhos Afonsinhos’’?
MA – O nome parte pelo apoio que temos institucionalmente do Vitória de Guimarães. Ficou engraçado ser ‘Os Afonsinhos’. Começou numa brincadeira do mesmo grupo de pessoas e ficou. É um prazer enorme ver estes miúdos identificados com a marca.
JAP - A adesão das crianças foi desde logo surpreendente. Quantas participam atualmente?
MA - Neste momento participam 47, mas pretendemos expandir este número. Vai exigir um pouco mais de tempo e de organização. Passa muito por aí, porque é nesse sentido que queremos mudar um bocadinho as coisas: faze-las de forma mais organizada, tentar trazer malta mais nova, com mais ideias, com mais formação e sobretudo com mais vocação porque na minha opinião, podes comprar um canudo mas a vocação é mais complicado. É preciso ter-se uma persistência nas coisas que é difícil às vezes, e que leva a que tudo melhore e se torne um grande tipo de projeto.
JAP - Há bocado falou quem já havia quatro raparigas a participar no projeto. É importante?
MA - Ao contrario do que se pensa e se costuma de dizer, o futebol agrada a todas as miúdas. Qualquer miúdo ou miúda a quem se ponha uma bola nos pés, fica agradado. O grande problema, que é também nacional, é a falta de oportunidades a quem fomenta o desporto feminino. Devia de haver mais apoios, mais ligação, porque à medida que elas crescem e não podem jogar com rapazes, muitas vezes deixa de fazer sentido até pelas questões logísticas, como por exemplo o balneário. Ou se aposta definitivamente numa equipa feminina (ideia que não descuramos), se continuarmos a ter uma afluência bastante positiva de meninas. Mas então fazer mesmo uma equipa feminina e não estar a mistura-las com rapazes.
JAP – Quais eram os vossos principais objetivos em que pensavam quando fundaram a escola?
MA - Nós queríamos principalmente dinamizar o pavilhão, a freguesia e, sobretudo, ocupar os miúdos, porque ultimamente por variadíssimas razões, em S. Martinho de Mouros não têm tantas possibilidades como os outros meninos. Entaõ porque não criar um projeto com o qual eles pudessem ter as mesmas condições, os mesmos afectos, e pudessem praticar uma modalidade que um dia mais tarde os faça ser melhores na escola e os faça criar outro tipo de vivências, de valores… e começou tudo por aí. A associação de pais do CESMM da qual sou presidente pensa um bocado nisso, nos meninos que não têm possibilidades de jogar e daí o apoio do Vitória. Vamos tentar conseguir ocupar ao máximo estes meninos aqui e dinamizar a freguesia de S. Martinho de Mouros, que nesta fase de iniciação precisa imenso de meninos, dos pais e da escola.
JAP - Tem conseguido atingir esses objetivos?
MA - Claramente! Tem sido até a maior surpresa. Na parte dos pais é uma dedicação tremenda. No próximo patamar que queremos dar aos afonsinhos, que é o clube federado, vamos precisar ainda mais dos pais. Brevemente vamos fazer uma reunião com eles e vamos também exigir algumas coisas. Acho que o segredo no interior de toda a parte desportiva tem a ver com três vectores importantes: a escola (temos um centro escolar de referência aqui, então temos que o aproveitar quer para o desporto, quer para outras coisas), a câmara e os pais. Se eu conseguir contar com crianças a partir dos 5 anos, tenho uma garantia de 7/8 anos de ajuda por parte dos pais porque o clube envolve outro tipo de custos e deslocações. É uma coisa mais de expansões e que exige maior responsabilidade. Temos conseguido trazer os pais e eles estão interessados. E os miúdos têm melhores notas na escola. Os pais ficam bastante satisfeitos. As vezes têm um problema qualquer e pedem-nos para falar com eles, porque eles ouvem-nos mais.
JAP – O que significa tornar a escola uma equipa federada?
MA - Significa que vamos ter que inscrever a equipa na associação de futebol de Viseu. Em princípio ainda será de futsal e vamos tentar não fugir dos princípios que temos tido que nestas idades que são de jogo reduzido. Os princípios que vamos praticar são os mesmos. Vamos continuar a ir ao ’Escola Milan’, aos torneios que formos convidados. Passa tudo por aí. Temos os mesmos projetos mas com um campeonato para disputar.
JAP - E para si?
MA – Signifca o reconhecimento de todos os sacrifícios que fazemos. Neste caso eu, o Ricardo Quintino e o João Sequeira. Eles trabalham muito também. Eles querem competir, querem ganhar. Nós não vamos estar tão preocupados com o factor vitória, mas em conseguir criar espirito de atitude de jogo, de querer, de motivação. Se as coisas no final correrem bem e conseguirmos ganhar é gratificante para eles e para mim.
JAP – Quais são as vossas principais actividades?
MA – Nós, desde o inicio do ano até ao momento, temos feito várias. A última foi a construção de um jornal cujo valor de vendas reverterá a favor dos Bombeiros de Resende. Fizemos o dia da integração, onde trazemos centenas de miúdos carenciados do concelho. Tentamos sempre estar atentos a pormenores básicos como o suporte básico de vida para que, caso eles tenham um familiar que esteja com qualquer tipo de problema, eles saibam como reagir com coisas básicas. Tenho recolhido patrocínios para conseguir dar-lhes equipamentos, condições de treino asseguradas com materiais. Fizemos um grande investimento no que diz respeito a isso. Temos as melhores bolas, os melhores coletes, ou seja o material de treino deles é igual ao de qualquer equipa de treino de topo ou menos dotada financeiramente. Queremos dotar o pavilhão também de outros materiais, como por exemplo, balizas amovíveis que dêem para outro tipo de treinos.
JAP – Como é que se conseguem financiar?
MA - Neste momento a Câmara tem sido um factor importante. Tem-nos ajudado, há uma preocupação grande na parte desportiva. Estou convencido que as coisas vão ser diferentes em S. Martinho no que diz respeito ao desporto. Conseguimos envolver as juntas de freguesia (Paus, S. Martinho, falta envolver Barrô e São João). O patrocinador oficial das camisolas é de Resende (RMCV), e temos conseguido outros que não são de cá. Conseguir apoios passa muito por alguns conhecimentos pessoais.
JAP – Onde é que as pessoas vos podem encontrar?
MA - Temos o nosso blog onde vamos postando o que fazemos. Temos ainda a nossa página do facebook onde se faz uma interacção mais realista com as pessoas porque elas ajudam-nos, dão seu feedback, sugestões e também tem sido muito bom. Temos cerca de 2000 visitas feitas ao blog. Acreditamos muito no projeto!
JAP - A adesão das crianças foi desde logo surpreendente. Quantas participam atualmente?
MA - Neste momento participam 47, mas pretendemos expandir este número. Vai exigir um pouco mais de tempo e de organização. Passa muito por aí, porque é nesse sentido que queremos mudar um bocadinho as coisas: faze-las de forma mais organizada, tentar trazer malta mais nova, com mais ideias, com mais formação e sobretudo com mais vocação porque na minha opinião, podes comprar um canudo mas a vocação é mais complicado. É preciso ter-se uma persistência nas coisas que é difícil às vezes, e que leva a que tudo melhore e se torne um grande tipo de projeto.
JAP - Há bocado falou quem já havia quatro raparigas a participar no projeto. É importante?
MA - Ao contrario do que se pensa e se costuma de dizer, o futebol agrada a todas as miúdas. Qualquer miúdo ou miúda a quem se ponha uma bola nos pés, fica agradado. O grande problema, que é também nacional, é a falta de oportunidades a quem fomenta o desporto feminino. Devia de haver mais apoios, mais ligação, porque à medida que elas crescem e não podem jogar com rapazes, muitas vezes deixa de fazer sentido até pelas questões logísticas, como por exemplo o balneário. Ou se aposta definitivamente numa equipa feminina (ideia que não descuramos), se continuarmos a ter uma afluência bastante positiva de meninas. Mas então fazer mesmo uma equipa feminina e não estar a mistura-las com rapazes.
JAP – Quais eram os vossos principais objetivos em que pensavam quando fundaram a escola?
MA - Nós queríamos principalmente dinamizar o pavilhão, a freguesia e, sobretudo, ocupar os miúdos, porque ultimamente por variadíssimas razões, em S. Martinho de Mouros não têm tantas possibilidades como os outros meninos. Entaõ porque não criar um projeto com o qual eles pudessem ter as mesmas condições, os mesmos afectos, e pudessem praticar uma modalidade que um dia mais tarde os faça ser melhores na escola e os faça criar outro tipo de vivências, de valores… e começou tudo por aí. A associação de pais do CESMM da qual sou presidente pensa um bocado nisso, nos meninos que não têm possibilidades de jogar e daí o apoio do Vitória. Vamos tentar conseguir ocupar ao máximo estes meninos aqui e dinamizar a freguesia de S. Martinho de Mouros, que nesta fase de iniciação precisa imenso de meninos, dos pais e da escola.
JAP - Tem conseguido atingir esses objetivos?
MA - Claramente! Tem sido até a maior surpresa. Na parte dos pais é uma dedicação tremenda. No próximo patamar que queremos dar aos afonsinhos, que é o clube federado, vamos precisar ainda mais dos pais. Brevemente vamos fazer uma reunião com eles e vamos também exigir algumas coisas. Acho que o segredo no interior de toda a parte desportiva tem a ver com três vectores importantes: a escola (temos um centro escolar de referência aqui, então temos que o aproveitar quer para o desporto, quer para outras coisas), a câmara e os pais. Se eu conseguir contar com crianças a partir dos 5 anos, tenho uma garantia de 7/8 anos de ajuda por parte dos pais porque o clube envolve outro tipo de custos e deslocações. É uma coisa mais de expansões e que exige maior responsabilidade. Temos conseguido trazer os pais e eles estão interessados. E os miúdos têm melhores notas na escola. Os pais ficam bastante satisfeitos. As vezes têm um problema qualquer e pedem-nos para falar com eles, porque eles ouvem-nos mais.
JAP – O que significa tornar a escola uma equipa federada?
MA - Significa que vamos ter que inscrever a equipa na associação de futebol de Viseu. Em princípio ainda será de futsal e vamos tentar não fugir dos princípios que temos tido que nestas idades que são de jogo reduzido. Os princípios que vamos praticar são os mesmos. Vamos continuar a ir ao ’Escola Milan’, aos torneios que formos convidados. Passa tudo por aí. Temos os mesmos projetos mas com um campeonato para disputar.
JAP - E para si?
MA – Signifca o reconhecimento de todos os sacrifícios que fazemos. Neste caso eu, o Ricardo Quintino e o João Sequeira. Eles trabalham muito também. Eles querem competir, querem ganhar. Nós não vamos estar tão preocupados com o factor vitória, mas em conseguir criar espirito de atitude de jogo, de querer, de motivação. Se as coisas no final correrem bem e conseguirmos ganhar é gratificante para eles e para mim.
JAP – Quais são as vossas principais actividades?
MA – Nós, desde o inicio do ano até ao momento, temos feito várias. A última foi a construção de um jornal cujo valor de vendas reverterá a favor dos Bombeiros de Resende. Fizemos o dia da integração, onde trazemos centenas de miúdos carenciados do concelho. Tentamos sempre estar atentos a pormenores básicos como o suporte básico de vida para que, caso eles tenham um familiar que esteja com qualquer tipo de problema, eles saibam como reagir com coisas básicas. Tenho recolhido patrocínios para conseguir dar-lhes equipamentos, condições de treino asseguradas com materiais. Fizemos um grande investimento no que diz respeito a isso. Temos as melhores bolas, os melhores coletes, ou seja o material de treino deles é igual ao de qualquer equipa de treino de topo ou menos dotada financeiramente. Queremos dotar o pavilhão também de outros materiais, como por exemplo, balizas amovíveis que dêem para outro tipo de treinos.
JAP – Como é que se conseguem financiar?
MA - Neste momento a Câmara tem sido um factor importante. Tem-nos ajudado, há uma preocupação grande na parte desportiva. Estou convencido que as coisas vão ser diferentes em S. Martinho no que diz respeito ao desporto. Conseguimos envolver as juntas de freguesia (Paus, S. Martinho, falta envolver Barrô e São João). O patrocinador oficial das camisolas é de Resende (RMCV), e temos conseguido outros que não são de cá. Conseguir apoios passa muito por alguns conhecimentos pessoais.
JAP – Onde é que as pessoas vos podem encontrar?
MA - Temos o nosso blog onde vamos postando o que fazemos. Temos ainda a nossa página do facebook onde se faz uma interacção mais realista com as pessoas porque elas ajudam-nos, dão seu feedback, sugestões e também tem sido muito bom. Temos cerca de 2000 visitas feitas ao blog. Acreditamos muito no projeto!