O Presidente da Câmara de Resende aproveitou a oportunidade para demonstrar aos Deputados da Assembleia da República a sua preocupação com a proposta do novo mapa judiciário que contempla a extinção do Tribunal Judicial de Resende, instalado num edifício que pertence ao Ministério da Justiça e que está a ser alvo de obras de requalificação.
Antonio Borges passou em revista o conjunto de investimentos que têm sido realizados recentemente no concelho e que representam um esforço muito significativo na modernização do concelho, referindo a importância de intervenções como o novo Parque Empresarial de Anreade, o Posto da GNR, a ampliação do quartel dos Bombeiros Voluntários, o Estádio Municipal de Fornelos, o Centro Cultural de S. Cipriano, a Regeneração Urbana da Vila de Resende, a intervenção da Parque Escolar ou o Centro Escolar de S. Cipriano, todas elas em curso ou recentemente concluídas.
Durante a reunião foi, ainda, abordada a questão das acessibilidades ao concelho de Resende, particularmente a EN 222-2 de ligação à A24, cujo eixo é fundamental não só para o concelho como para toda a região e para o Distrito de Viseu.
No final realizou-se uma visita ao Tribunal e à obra de Regeneração Urbana da Vila de Resende que contempla a construção de um Parque Urbano e do Fórum Municipal no centro da Vila.
Durante a visita, José Junqueiro afirmou que “este é um concelho diferente e que conheceu os caminhos do progresso e do desenvolvimento com um poder local dinâmico e com um trabalho extraordinário”. Acrescentou, ainda que “levamos uma preocupação no que diz respeito ao Tribunal que é um edifício que está em obras e que é objeto de uma decisão do Governo de encerramento irracional. Um edifício que tem todas as condições, onde o número de circulação de processos é substancialmente superior àquele que está referido no relatório”.
Para António Borges “são muito importantes as visitas de parlamentares a regiões como a nossa e era bom que o Governo também seguisse esse exemplo de ouvir e conhecer primeiro melhor os problemas antes de decidir sem ter em conta as realidades. Resende precisa de saber com quem contactar, porque não é fácil aceitar que quando se está na oposição se diga uma coisa e depois quando se trata de assumir responsabilidades se diga outra."
O que resulta desta visita resume-se, alias, numa preocupação conjunta: que os sinais que são dados em Lisboa pelo Governo não sejam sinais de abandono de territórios como este, no Douro, quer no que diz respeito à atividade e investimentos privados, quer no que diz respeito aos serviços públicos.