O presidente da Câmara de Cinfães, Pereira Pinto justifica os bons resultados financeiros do município em 2010 com a “política de rigor” que vem desenvolvendo desde 1998, quando tomou posse.
“Estes resultados são bastante satisfatórios para o município. Devem-se a uma política que encetámos no momento em que chegámos à Câmara: o rigor, o trabalho, a dedicação e também a colaboração de uma grande maioria dos trabalhadores”, frisa o autarca, acrescentando que, desta forma, o município vive hoje uma situação de estabilidade financeira, apesar do momento de crise que o país atravessa.
Uma das razões da reduzida dívida do município é, segundo o autarca, o facto de ter sido sempre dada prioridade a todas as obras que poderiam beneficiar de financiamento comunitário. Trata-se de uma forma de “estar na vida, em que sabemos que nos podemos endividar hoje, mas vamos ter que o pagar amanhã”, referiu, contando que a autarquia foi assumindo “alguns compromissos, mas sempre controlados no tempo”.
De salientar também que, Cinfães aparece nos primeiros lugares no ranking de municípios com menor índice de dívida a fornecedores relativamente às receitas do ano anterior (11ª posição), com um prazo médio de pagamento a 7 dias. “Nós não contribuímos em nada para que as empresas possam entrar em insolvência, porque temos as contas liquidadas a tempo e horas. E foi essa sempre a nossa forma de estar ao longo destes anos na autarquia”, sublinha o edil cinfanense.
A realçar também a posição do município no que diz respeito às transferências para as Juntas de Freguesia. Cinfães aparece em 12º lugar na lista de municípios que apresentam o maior peso do valor de transferências para as freguesias na despesa global. “Em 2010 transferimos, no total, 705 mil e 600 euros”, refere Pereira Pinto, salientando que “a transferência destas verbas é muito importante porque as Juntas estão mais próximas dos cidadãos e conhecem bem as necessidades e carências das populações”.
A autoria do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses cabe à Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e conta com o apoio do Tribunal de Contas. O documento, apresentado no dia 28 de Fevereiro, em Lisboa, faz uma análise da saúde financeira dos 308 municípios, de 304 empresas municipais e de 29 serviços municipalizados, considerando os dados oficiais declarados em 2010.