A plataforma informática que disponibilizará as ajudas atribuídas já está a ser desenvolvida pela Câmara Municipal de Lamego, prevendo-se que ainda durante este semestre o trabalho seja concluído. Segundo os promotores da iniciativa, a divulgação online de toda a ajuda prestada aos mais desfavorecidos fomentará a equidade e justiça social e promoverá a moralização dos pedidos de ajuda, permitindo uma resposta mais célere às situações de vulnerabilidade social, mantendo, no entanto, a confidencialidade da identificação dos agregados familiares.
No final do encontro que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, Joaquim Seixas enfatizou a “atitude pró-ativa” manifestada pelo CLAS no combate aos problemas sociais que vão surgindo. Na sua opinião, há uma necessidade crescente de concretizar “ideias de partilha, de parceria”, adiantando que, no futuro, o projeto Web Social poderá ser alargado a outros concelhos da Plataforma Supraconcelhia do Douro e até fora deste território.
O responsável pela área da Segurança Social no distrito de Viseu sublinhou ainda a importância da salvaguarda da privacidade das famílias envolvidas e condenou o desperdício e o esbanjamento latente na sociedade: “Não podemos admitir que aconteça!”. “O novo projeto é de louvar e de elogiar. Para além de permitir uma boa gestão de todos os bens, também limitará a existência de abusos e o controlo de pedidos”, justifica.
Recorde-se que Pedro Mota Soares, ministro da Segurança Social e Solidariedade, durante a 3ª Montra de Oportunidades do Município de Lamego, em abril último, elegeu este concelho como “um exemplo do ponto de vista autárquico da importância de ter uma rede local de ação social e de um plano de intervenção nas várias áreas da ação social. É importante dar a conhecer o projeto Web Social que pretende tornar a distribuição de bens mais justa e racional junto das pessoas carenciadas”.