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Hélder Amaral: «Exportar a bem da Nação»
domingo, 15 de julho de 2012 Publicado por Unknown


Hélder Amaral
Deputado do CDS-PP

Corria que as exportações estavam "condenadas" ao fracasso; porém, em Maio o volume de exportações foi o 2º mais elevado de sempre, com uma variação homóloga de mais de 30% no que respeita ao mercado extracomunitário. Quando se dizia que as previsões para a economia portuguesa iriam piorar, o 

Banco de Portugal previu para 2012 uma menor contração do PIB - aproximando-se, aliás, das previsões do Governo -, o que prova que, em comparação com o Governo anterior, este não engana, e normalmente acerta nas previsões, mesmo quando estas não são positivas. Um dado assinalado por muitos alguns com alguma “azia” é a previsão do Banco de Portugal de que as exportações podem ser superiores às importações em 2013, coisa que não sucedeu nas últimas décadas. Diz-me o bom senso que o melhor é esperar. Se assim for, resolvemos um dos principais problemas do País: o desequilíbrio da balança comercial e, com ele, o endividamento externo. Mas é preciso que a previsível redução de importações possa ser substituída por produção nacional. Veremos se se confirmam estas boas notícias. Até lá, a notícia (e não são previsão, é a realidade) é sobre as exportações:

Na verdade, as exportações portuguesas tiveram em um crescimento de 9% nos cinco primeiros meses de 2012 face ao período homólogo de 2011. A média móvel do último trimestre (Março, Abril e Maio) registou um crescimento de 6,5% - que consubstancia um crescimento de 8,4% das exportações, se compararmos Maio de 2012 com Maio de 2011, e um crescimento de 13,3% das exportações entre Abril de 2012 e Maio de 2012. Os mercados extracomunitários foram responsáveis por 30% das nossas exportações em Maio, tendo-se registado um crescimento homólogo de 31,4%. Principalmente para a China, até Maio cresceram 53,26%. Estes resultados muito encorajadores são construídos em cima de um ano de muita exigência para as empresas portuguesas. Por isso, todo o mérito vai para a diplomacia económica, mas principalmente para os trabalhadores e empresários portugueses que arriscam e não se desculpam na sobra do muro das lamentações. Conheço muitos destes casos no nosso distrito: em vários sectores e em vários concelhos tenho encontrado empresas que estão a exportar entre 50 a 60% do que produzem, entre produtos agrícolas, como o vinho, granitos, plásticos, e outros.

Esta semana decorreu o debate do Estado da Nação, que pretendeu avaliar politicamente o percurso de um ano. Serei suspeito, mas julgo que qualquer leitura séria e isenta confirmará que o País está melhor. Há pouco mais de um ano atrás, o País estava a um passo de distância da bancarrota, e era, juntamente com a Grécia, o caso mais preocupante das dividas soberanas. Foi por isso que o Governo do Eng. Sócrates se viu obrigado a negociar e assinar o pedido de ajuda externa, e foram os 78 mil milhões de euros que nos emprestaram que nos permitem hoje manter as funções do Estado, como pagar ordenados aos funcionários públicos. Mas esse dinheiro veio com juros e com um conjunto de obrigações que CDS e PSD prometeram cumprir – que foi o que fizemos durante este último ano. Hoje não há, na oposição ou nas instituições estrangeiras, quem nos compare a Grécia, País que tem feito um enorme esforço, mas que demora a recuperar. Uma lição para quem defendia o não cumprimento ou a renegociação do empréstimo concedido. Da nossa parte, vamos na quarta avaliação, sempre com resultados positivos, um conjunto generalizado de elogios e uma imagem mais positiva dos mercados sobre Portugal, bem visível no resultado das exportações. Ou seja, estamos a cumprir as nossas obrigações, e estamos mais longe da bancarrota. Esse é um mérito que, mais do que do Governo, deve ser atribuído aos portugueses: ao seu esforço e ao seu trabalho, à sua resistência, à coragem face as adversidades. A todos os portugueses que passam dificuldades mas que não desistem, nem desistem de Portugal.

Se algo mudou para pior, foi a oposição: PCP, BE e, principalmente, o PS. Na esquerda radical, começaram por recusar falar com troika, quando disso dependia o salário de tantos trabalhadores, para de seguida pretenderem negociar com quem se recusaram falar. Nada de propostas, exceto o apelo às paralisações e às greves, direito que não está em causa mas que põe em causa as finanças das empresas e, com elas, as da Nação. Espantoso é este Partido Socialista, que não pode recusar as responsabilidades na atual situação (governou 12 dos últimos 15 anos), que pediu e negociou o pedido de ajuda, e que deixou um buraco incalculável nas PPP, 3 mil milhões de buraco na saúde, entre outros, e que, em vez de propostas, faz de partido ao pior estilo da esquerda radical: reclama, contesta, mas não propõe alternativa. Em muitos casos faz pior: engana-se e engana.

Um exemplo recente é o que fizeram os deputados do PS eleitos por Viseu: reuniram com as Misericórdias do Distrito, e em vez de respostas aos problemas daqueles que muitas vezes, sem a ajuda do Estado, dão o melhor de si aos outros, saiu uma acusação de uma possível dívida da Segurança Social. É uma mentira ou engano grave vindo de quem deixou uma dívida de 5,7 milhões às Misericórdias, que a Segurança Social tinha desde 2008 - e que este Governo pagou; de quem recusou a isenção de IRC para as instituições sociais, que o Governo negociou com a Troika, bem como o aumento de 1,3% de despesa efetiva nos acordos de cooperação, e ainda o reembolso de 50% do IVA gasto em obras/investimento. Isto sim, foi ir para além da Troika. Tratou-se de um episodio lamentável de quem parece desistir do rigor, da ação política, e de colaborar - com críticas mas também com propostas para vencermos mais esta crise. O Distrito e o País mereciam um PS melhor.

Unknown

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