Este projecto denominado Teatro nas Aldeias resulta de uma parceria como município de Castro Daire e pretende descentralizar o cartaz cultural por todo o concelho com uma oferta de qualidade como é o exemplo desta peça teatral levada a cabo pela conceituada Companhia de Teatro Regional da Serra de Montemuro.
Estão agendados espectáculos para as localidades de Pinheiro, dia 14 de Julho, das Termas do Carvalhal, dia 22 de Julho, para Alva, dia 28 de Julho e para moledo, dia 4 de Agosto.
Este espectáculo será realizado na rua das respectivas localidades e pretende envolver toda a comunidade local, numa interacção cultural enriquecedora e dinâmica que promete contagiar todos os espectadores.
Instalada no meio da praça da cidade, do largo da aldeia, numa rua, num parque da cidade, à frente de um teatro, ou de um centro cultural:
A Cabana do Jeremias, um estranho e carismático edifício, claramente construída aos poucos por uma mão nem sempre “expert” no que diz respeito à construção civil, mas com muito amor e muita paixão.
É o lar de um campeão, parte estábulo, parte local de devoção, parte museu, testemunho das muitas conquistas de Jeremias Sénior (o Jockey) e Jeremias VI (o burro). No exterior da cabana, muitos sinais destas conquistas: medalhas, retratos, fitas vencedoras, taças e muito mais, para além de fardos de feno e outros objectos próprios para o bem-estar de um burro.
Mas a morte trágica de Jeremias (o Jockey), devido à inédita queda de Jeremias (o burro) naquela que era suposta ser a sua última vitória na Grande Corrida de Burros antes da gloriosa e bem merecida reforma de Jeremias e Jeremias, muda tudo.
Entram José (o cornudo) e Joaquim (o bêbado), os dois herdeiros de Jeremias com as suas respectivas famílias: Josefina (a fresca), Jorgina (a negociante) e Jeremias Júnior (o estudioso).
Temos partilhas!
E é aqui que começam os verdadeiros problemas:
Como dividir uma cabana?
Como dividir um curral?
E acima de tudo...
Como dividir um burro?
Uma família, duas facções, uma guerra.
Estranha, bizarra e divertidíssima, do princípio ao fim, esta comédia visual, musical e muito teatral, faz da dor e do conflito, primeiro uma farsa e mais tarde uma celebração da união e do amor fraternal, no sentido mais abrangente desta palavra.
A Herança de Jeremias deixa-nos cheios de esperança.
Mesmo quando os problemas parecem não ter solução e as guerras parecem não ter fim, o regresso às vitórias está ao virar da esquina.
Como dizia o velho Jeremias: “Há que ter fé e um bom Burro”
FICHA ARTÍSTICA
Texto: criação colectiva
Encenação: Graeme Pulleyn e Walter Janssens
Direcção musical: Walter Janssens
Interpretação: Abel Duarte, Eduardo Correia, Paulo Duarte, Isabel Fernandes Pinto e Rebeca Cunha
Cenografia, adereços e figurinos: Maria João Castelo
Construção de cenário: Carlos Cal
Assistência à construção de cenário: Maria da Conceição Almeida
Costureiras: Capuchinas CRL e Maria do Carmo Félix
Desenho de luz: Paulo Duarte
Operação técnica: Carlos Cal
Direcção de produção: Paula Teixeira
Assistente de produção: Susana Duarte
Assessoria de imprensa: Paula Teixeira e Susana Duarte
Cartaz: Helen Ainsworth
Estagiárias: Tânia Silva e Carla Tomás