Quando Miguel Macedo vem dizer que o povo é tolo e só o governo é esperto, fica tudo dito.
Poderia ter aproveitado, Miguel Macedo, despido da veste partidária com que esteve e vestido da de ministro, para:
i) Explicar o que se passa no seu e nosso país onde a criminalidade sobe todos os dias, onde há sequestros, assaltos diários a multibancos, a gasolineiras, ourivesarias, carrinhas de transporte de valores ou idosos indefesos;
ii) Dizer por que motivo estão desativadas desde o início do ano, sem ministrarem qualquer formação, as unidades locais de formação de bombeiros, (por exemplo Mangualde e Castro Daire) e se não acha que tal pode afetar o desempenho operacional dos soldados da paz;
iii) Apresentar uma alteração aos valores de referência do programa permanente de cooperação, instrumento de financiamento dos bombeiros, por exemplo a nível de gasóleo e de taxas de rádio;
iv) Explicar os motivos que o levaram, objetivamente, a desautorizar os serviços nacionais de proteção civil ao pedir um segundo relatório a uma entidade independente sobre a descoordenação nos grandes incêndios do verão no Algarve.
Enfim, afinal quem esteve na inauguração do quartel dos bombeiros de Campia foi o dirigente partidário Miguel Macedo. O ministro já não existe, tal como a coligação.