Portugal sofreu um forte aumento das insolvências até ao final do 3.º trimestre de 2012, mais 1.420 empresas (+31,4%) em relação ao período homólogo de 2011, num total de 5.939 empresas, sendo quase atingido o nível observado em todo o ano de 2011 (6.077). Esta é a herança que o PSD/CDS estão a construir e não aquela que herdaram.
Analisando por distritos, com situações mais graves de aumento das insolvências, destaca-se Viseu com +42,9%.
A decisão do governo acabar com as isenções nas SCUTs da nossa região agravará intensamente esta situação, porque contribui para agravar os custos de produção. O IVA máximo nas energias, gás e eletricidade, na restauração e em produtos essenciais, bem como o fim de todos os incentivos fiscais às PMEs, revelam-se arrasadores.
Se a estes fatores adicionarmos os cortes nos salários, nos subsídios, nas reformas ou nas prestações sociais, poderemos compreender a constatação da Coface relativamente à “procura interna” ao considerar este vetor como o que mais acelera a degradação da economia tendo o 3.º trimestre de 2012, no país, um contributo de 1.544 insolvências (mais 35,1% em relação às existentes no 1.º semestre).
Lamentamos imenso a incapacidade do ministério da Economia e sublinhamos o desapontamento para com os viseenses que são responsáveis pela sua tutela. Ninguém compreende a impreparação que estes responsáveis revelam perante o país em geral e, sobretudo, para com todo o interior do país onde também nos inserimos.