Para José Luís Carneiro “esta preocupação inscreve-se na valorização dos recursos endógenos dos territórios e na valorização da nossa memória e identidade. A utilização dos recursos endógenos competitivos, o aproveitamento das características locais específicas, a aposta na diferenciação são fatores de desenvolvimento económico local”
Carlos Costa, professor e diretor do Programa Doutoral em Turismo da Universidade de Aveiro, ao usar da palavra e mencionou que “há cerca de dois anos que está trabalhar neste projeto de investigação “Restaurante Futuro”, tendo como área de estudo a região do Douro e no próximo mês estará terminada a 1ª fase do mesmo. Este projeto promovido pela AHRESP, e levado a efeito pela idtour ( empresa spin-off da Universidade de Aveiro), pretende identificar os principais fatores competitivos e de sucesso para o setor da restauração no futuro, sendo que uma das áreas abordadas está ligada à problemática da implementação de modelos de negócio, cada vez mais eficazes e eficientes, que permitam potenciar a sustentabilidade do negócio e estimulem o impacto e a incorporação de produtos e serviços da base económica regional em que se inserem”.
“O Turismo é um dos setores mais transversais da economia. A sua definição é difícil. Considero o turismo como sendo o combustível para o desenvolvimento local”, acrescentou.
Carlos Costa terminou a intervenção com a vontade de regressar no final do mês de Novembro ao Douro, para apresentar as conclusões do Projeto Restaurante do Futuro.
O presidente da AHRESP, Mário Pereira Gonçalves, considerou que a associação que preside tem feito a conquista do Sul para Norte, sendo o responsável por essa conquista no Norte, Joaquim Ribeiro, Sócio Gerente do Douro Palace Hotel e atual presidente do Grupo do Setor dos Empreendimentos Turísticos e Alojamento Local da AHRESP.
Mário Gonçalves referiu que a AHRESP e a idtour desde Fevereiro que realizaram oito Workshop`s nas mais diversas temáticas, desde as tecnologias à restauração e a sua importância no desenvolvimento local. Nesta última temática, o presidente da associação defende a descida do IVA para 13%, como sendo um elemento estratégico para a dinamização da economia de Portugal. “Caso a descida do IVA na restauração não se verifique teremos o encerramento de cerca de 39 mil empresas e ficarão em causa 100 mil postos de trabalho”, sublinhou.
Terminou a sua intervenção com uma palavra de coragem dirigida aos jovens estudantes presentes na plateia “tenho a certeza que o setor vai revitalizar”, disse convicto.
O painel de reflexão que se seguiu contou com os oradores Francisco Diniz, professor associado com Agregação e Investigador Principal na UDTAD; Pedro Carvalho, coordenador do Departamento de Investigação, Planeamento e Estudos da AHRESP e Rui Fraga, Vice- Presidente da Direção da HT. Douro.
No final procedeu-se à entrega dos prémios referente ao Concurso de Ideias “Mentes Brilhantes…na Restauração”, iniciativa integrada no projeto Restaurante do Futuro e que envolveu cerca de uma centena de participantes, que consubstanciaram 32 candidaturas válidas, para as três categorias a concurso: Geral; Douro e Escolas.
Na categoria Escolas o projeto vencedor foi de Patricia Ribeiro, Joana Martins e Jéssica Peixoto, designado de “RestaurART, Restaurante com Arte”; o vencedor da categoria do Douro foi José Sacavém com o projeto “Historiall – Restaurante do Futuro” e na categoria Geral Sara Vieira foi a vencedora com o projeto “Viagem”.