O Plast&Cine é porventura o mais amplo espaço de homenagem a um artista plástico realizado no nosso país ao contemplar, em simultâneo, arte e teatro de rua, uma conferência sobre a vida e obra do artista, a realização de um documentário que será posteriormente colocado no circuito comercial português, angolano e brasileiro, uma exposição antológica patente ao público durante um mês e o envolvimento de alunos e professores das escolas dos concelhos de Lamego, Régua e Vila Real, bem como de universidades seniores e ATL’s destes concelhos.
Este ano, o público também poderá assistir à exibição do documentário “Cruzeiro Seixas, Aproveitar o Acaso”, um projeto lançado no ano passado que enaltece o legado do artista incontornável do surrealismo português. Ao longo do fim de semana de 13 e 14 de outubro, também não vão falar vários momentos musicais, com as atuações de Celina Pereira e de Pedro Barroso no Teatro Ribeiro Conceição e o Espaço Moçambique que divulgará no Largo da Sé a gastronomia, as danças e o artesanato oriundos deste país africano.
Numa iniciativa da Associação de Municípios Douro Alliance, com a colaboração entre outras instituições da Câmara Municipal de Lamego e das Edições Cão Menor, o Plast&Cine dedicado a Roberto Chichorro conta com o apoio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e com a presença do artista que, durante a semana que precede este certame pluridisciplinar, realizará trabalhos com muitas escolas do eixo Lamego-Régua-Vila Real que posteriormente serão expostos. A Lusofonia, o Douro e a recriação em torno do universo pictórico do artista moçambicano são as temáticas que devem inspirar os trabalhos a apresentar.
Nascido em setembro de 1941, na cidade de Maputo, Roberto Chichorro dedica-se desde cedo à pintura, onde expressa toda a magia das velhas histórias que foi ouvindo, ligadas a mundos mágicos de assombros, terrores e feitiçarias, mas também de bichos, música e encantos. Chichorro pinta constantemente estas lembranças de menino e fá-lo com uma paleta muito colorida em que os fundos “chagallianos” parodiados abrem ao olhar a intensidade de um mundo mágico, quase imponderável, flutuante.
O Museu de Arte Contemporânea de Lisboa e o Museu de Arte Contemporânea de Luanda são apenas algumas instituições que acolhem os seus quadros.
Pode aceder ao micro-site do Plast&Cine 2012 em http://plasticine.caomenor.pt/