Acompanhado pela rainha e por um séquito, o monarca dirigiu-se às centenas de expectadores que assistiam à iniciativa para anunciar que este ano se comemoram cinco séculos desde a atribuição do foral ao concelho de Baião. A animada representação serviu para transmitir a mensagem de que uma grande celebração irá ter lugar nos dias 1 e 2 de Junho na vila de Baião.
Em jeito de esclarecimento complementar, o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, explicou que a autarquia pretende valorizar este acontecimento, por via de uma recriação histórica, como forma de dar a conhecer a história do concelho desde o período da pré-história (5000 anos antes de cristo), até à época contemporânea.
“Todos estão convocados para fazer parte deste grande momento da história do nosso concelho. Contamos com a participação das associações, das juntas de freguesia, dos agrupamentos de escolas e de todos os baionenses que queiram dar corpo a esta celebração que pretende valorizar a história do concelho e atrair milhares de visitantes à vila de Baião”, observou. O autarca explicou que o programa das celebrações irá ainda incluir a publicação da “História Económica e Social de Baião”, entre outras iniciativas.
Antes, tinham usado da palavra o presidente da Junta de Freguesia de Ancede e o presidente da Assembleia Municipal de Baião. José Lima congratulou-se pelo facto de o cantar das janeiras em Ancede se ter convertido já numa marca para o concelho e para a freguesia. O autarca de freguesia aproveitou a oportunidade para proceder à entrega de apoios ao associativismo às duas entidades mais representativas da freguesia: a Banda Marcial de Ancede e a Associação Desportiva de Ancede.
O presidente da Assembleia Municipal de Baião, José Pinho Silva, destacou a “manifestação de cultura” que este evento constitui e salientou o trabalho e a dedicação das centenas de baionenses que se dedicam ao associativismo em todo o concelho.
MÚSICA E SOLIDARIEDADE
À imagem de anos anteriores, o cantar das janeiras ficou marcado por uma forte participação das associações e dos cidadãos do concelho. Ao palco subiram as associações “Os Alegrinhos” (Campelo), “Amigo” (Gôve) e Associação Desportiva de Ancede; os Ranchos Folclóricos de Baião, Gestaçô, Ancede e Valadares; a Banda Marcial de Ancede e a Escola de Música da Casa do Povo de Campelo; e ainda um grupo da Paróquia de Tresouras e outro constituído por jovens das paróquias de Santa Leocádia, Ribadouro e Ancede.
Para além dos cantares das janeiras e das melodias interpretadas com recurso ao violino, à viola e a outros instrumentos, destaque também para a recolha de fundos levada a cabo pelos jovens das paróquias de Santa Leocádia, Ribadouro e Ancede, tendo em vista o apoio humanitário a São Tomé e Príncipe.
ESTREANTES FORAM CONQUISTADOS
Entre os muito espectadores presentes no evento contavam-se vários estreantes. O casal Carlos e Paula Ventura reside em Vila Nova de Gaia e está em Ancede pela primeira vez. Integram um grupo com mais de vinte pessoas e aceitaram o convite dos amigos Francisco e Maria Andrade para ali passarem o fim-de-semana. “Este evento é uma maravilha. Está muito bem organizado e tem um ambiente muito acolhedor”, nota Carlos Ventura. Junto dele, Francisco Andrade mostra-se “satisfeito” por dar a conhecer parte do concelho de Baião aos seus amigos. “É um gosto tê-los cá e podermos divulgar a terra e ajudá-la a desenvolver”, completa Maria Andrade.
Naturais e residentes em Ancede são também Lurdes Pinheiro e Elisabete Barbosa. A primeira nunca tinha assistido ao encontro de cantares das janeiras, mas a amiga Elisabete convenceu-a e Lurdes acabou por vir na companhia dos filhos Tiago e David. “Gostei muito, vou passar a vir cá sempre que puder”, refere Lurdes. Entre os filhos, Tiago dizia ter gostado de todas as atuações, enquanto David destacava a presença de um amigo no rancho folclórico de Ancede. Para o ano talvez seja ele também um dos participantes no encontro das janeiras.