Foi sobre o segundo que decidi comentar. O filme conta a história dos guardiões que tomam conta das crianças e que tudo fazem para que elas nunca deixem de sonhar. O grupo em si é muito peculiar. Temos um Pai Natal que tem um pouco o ar de "bad boy" russo, tatuagens incluidas. O coelho da Páscoa atlético e com sotaque a lembrar um pouco o Indiana Jones. A Fada dos dentes que é uma espécie de mistura entre borboleta e pessoa. O João Pestana, feito do pó brilhante com que os sonhos das crianças são feitos, e que apesar de não dizer uma palavra é adorável. Por fim o Jack Frost que faz nevar e, a princípio não conseguimos perceber qual a função dele, só acompanhando o filme é que vamos percebendo. A trama adensa-se quando o papão entra no filme e decide substituir os sonhos por pesadelos instaurando o medo. Cabe aos guardiões reataurar a tranquilidade. O problema é que a partir do momento que as crianças deixam de acreditar que eles existem, e o papão está ciente disso, os guardiões vão perdendo os seus poderes.
O filme é entretenimento garantido para miúdos e graúdos. Para além de nos divertir acaba por nos passar uma mensagem de que enquanto alguém acreditar as coisas podem ser possíveis. Talvez seja um pouco utópico mas ao mesmo tempo dá um pouco de esperança. O que tendo em conta o estado actual que já referi até acaba por ser um incentivo contra o desânimo. "Enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar", canta Jorge Palma. E enquanto palmilhamos esse caminho podemos fazer sempre uma pausa agradável e dedicar um pouco do tempo à magia da 7ª arte.