O Externato D. Afonso Henriques realizou no passado dia 11 de Abril a sua 1ª Feira Medieval. O evento, organizado pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas, contou com a colaboração de vários professores dos restantes departamentos.
O evento iniciou-se com um cortejo real que contou com representantes do clero, nobreza e povo, que seguiram o D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, patrono da instituição.
Terminado o cortejo, procedeu-se à abertura da feira, durante a qual os alunos e todos os presentes assistiram um Sarau Medieval. Este iniciou-se com a representação da entrega da Bula Manifestis Probatum, concedida Pelo Papa Alexandre III ao “seu muito amado filho em Jesus Cristo, Afonso, Rei dos Portugueses, no ano de 1179”.
Seguidamente as diversas turmas abrilhantaram o sarau com diversas representações: um contrato de vassalagem; danças medievais; recitação de poesia trovadoresca; música medieval, terminando com a atuação da Afontuna da escola. Durante todo o evento, ouviu-se música medieval.
A parte da manhã terminou com o Repasto Medieval, que constou de um porco no espeto, aludindo à festa do povo, aonde figurou a carne de porco, a galinha assada, o pão com carne cozido no forno de lenha na feira, estando presentes os pipos de vinho para a alegria do povo.
De tarde foram efetuados os jogos medievais, que estiveram a cargo do Departamento de Expressões.
No espaço estavam representadas as várias profissões da época, nomeadamente: o oleiro, moleiro, funileiro/latoeiro, ferreiro, tecelão, lenhador, camponês, tanoeiro. As profissões retratadas contaram com a presença de vários artesãos concelho, que fizeram demonstrações ao vivo das artes e ofícios da época. Algumas profissões como o lenhador, pela sua simplicidade, foram representadas por alunos.
A representação contou aproximadamente com 200 figurantes das várias classes sociais, havendo preocupação no rigor da sua apresentação. Os representantes dos mais pobres utilizaram panos mais grosseiros como era costume, enquanto as classes privilegiadas usaram túnicas e vestidos de veludo, brocados e seda. O Clero fez-se representar por alguns professores e alunos, que vestidos de monges beneditinos copistas explicaram aos presentes a forma da preservação da palavra escrita, muito importante numa época de analfabetismo generalizado, cabendo a estes a reprodução manuscrita de textos para estudo, para leituras nos refeitórios e para os ofícios, passando longas horas na laboriosa tarefa de copiarem os livros à mão.
Cada uma das onze turmas preparou a sua tenda, em stands gentilmente cedidos pela Câmara Municipal de Resende, a qual se fez representar no evento pela senhora vereadora, professora Dulce Pereira. Nestas tendas poderíamos encontrar produtos diversos, mas também algo mais típico, desde o salpicão, o queijo, a chouriça, o milho, o feijão, laranjas e limões, a abóbora, entre outros.
Apesar do dia de chuva intensa, foi possível verificar o entusiasmo de toda a comunidade educativa, que poderá culminar em futuras repetições do evento, o qual contará com mais representações e elementos da comunidade.