Anna Karenina é um filme do realizador Joe Wright e é uma adaptação da obra homónima de Lev Tolstoy. A acção desenrola-se no século XIX na Rússia. Anna (Keira Knightley) é casada com Alexei Karenin (Jude Law) e desloca-se de São Petersburgo até Moscovo para ajudar a cunhada que está com problemas matrimoniais. Nessa viagem Anna conhece o Conde Vronsky (Aaron Johnson) por quem se apaixona e deixa o marido. Mas o Amor nunca é para sempre.
O filme deixou-me com idéias contraditórias. Por um lado o espectáculo visual é deslumbrante. Os cenários bastante ornamentados, propícios para representar uma época em que se vivia sobretudo de aparências, de fingimento. A vida era um permanente jogo de ilusões, diria até um teatro. E o facto do realizador fazer acontecer a maior parte do filme em cima de um palco reforça para mim a idéia de fingimento, de que por muito mal que se estivesse, tentavasse transparecer aos outros que se vivia na perfeição sublime. Quanto à narrativa em si, é uma abordagem simples da obra. A minha contradição acerca deste filme entra nesta parte, a história não aborda muito a complexidade da personalidade da Anna como deveria. A certo momento dá-nos a entender que a personagem terá um pouco de bipolaridade mas não é possível averiguar com certeza. Pelo menos eu não o consegui. Mas não foi por falta de esforço da Keira, que a moça até interpretou bastante bem a personagem. Em contrapartida o seu interesse amoroso não convence. Acho que lhe faltava algo para nos cativar. Mas isso sou apenas eu. De qualquer maneira Anna Karenina vale sempre a pena e aconselho um destaque para um casal que anda pelo filme assim meio para o despercebido mas que nos ensina uma lição sobre o Amor.
Os filmes para este mês são os seguintes:
3 de Maio - Hotel Transylvania;
17 de Maio - O último desafio;
24 de Maio - Anna Karenina;
31 de Maio - Django Libertado.