Com a concretização do projeto Viver Lamego, a Câmara Municipal quer, entre outros objetivos, inverter a desertificação populacional do bairro do Castelo e aumentar a sua atratividade para os turistas. Para além da valorização do espaço público, através da requalificação de todas as ruas e travessas, em breve a antiga Cisterna de Lamego também reabrirá como centro de exposições, para além da entrada em funcionamento de outros equipamentos: o Centro de Design e Estudos da Prata, o Centro de Artesanato, das Artes e dos Ofícios Tradicionais e o Centro de Acolhimento de Artistas. Estas intervenções, em fase adiantada de execução, vão potenciar a componente turística e comercial do bairro do Castelo e alavancar o fator de modernidade no âmbito do Viver Lamego.
O Castelo de Lamego constituirá o principal pólo do conjunto de espaços museológicos da zona envolvente que vão ter por missão valorizar os achados arqueológicos descobertos recentemente e que ilustram a ocupação pré-romana daquela zona. Este projeto de musealização perpetuará a vivência antiga de uma cidade com cerca de 3000 anos de história e acentuará o seu passado militar. Na torre de menagem é criado um miradouro virtual para a cidade e a muralha exterior vai dispor das condições adequadas à livre circulação de pessoas.
Por outro lado, o Centro de Atividades Ocupacionais do Castelo funcionará como um espaço polivalente ao serviço da comunidade idosa que reside naquele bairro. Um novo centro de convívio e de apoio social, onde os serviços municipais e as instituições particulares de solidariedade social poderão prestar auxílio aos utentes.
Orçado em 10 milhões de euros e comparticipado pelo QREN, o projeto Viver Lamego integra trabalhos já executados na rua da Olaria, Encostinha e Largo da Feira. Também estão em curso neste momento as obras de regeneração urbana no chamado Eixo Barroco que integra as avenidas Dr. Alfredo de Sousa e Visconde Guedes Teixeira, consideradas a “sala de visitas” da cidade, num investimento superior a 2,5 milhões de euros.
Mais uma vez, a Feira Medieval de Lamego “assenta arraiais” na zona envolvente da Praça do Comércio onde reunirá o clero, a nobreza, os mestres de ofício e os servos da gleba para fazerem a evocação histórica do comércio e das artes e dos ofícios medievais. A viagem ao passado destaca a recriação das Cortes de Lamego por D. Afonso Henriques, através da qual o público poderá vivenciar vários episódios da época, enquadrados na moldura de um mercado. Não faltarão, por isso, mercadores e artesãos que vão desenvolver as suas atividades de comércio.
Assim, ao longo de três jornadas, de 14 a 16 de junho, as ruas e ruelas da zona alta da cidade serão palco de “jogos de destreza e perícia”, “reinos de armas e preitos de vassalagem a D. Afonso”, para além de “bailias e folguedos com músicos”.
Ao apresentar uma programação ampla e bastante apelativa, este evento promete cumprir duas missões essenciais: fazer a pedagogia dos usos e costumes medievos e expor artesanato nacional e internacional de qualidade. Para além da Praça do Comércio, o espaço ocupado por mercadores e artesãos, muitos dos quais provenientes do Magrebe, será alargado às ruas Marquês de Pombal, Padre Alfredo Pinto Teixeira, das Cortes, Almacave e Nova, para além de um pequeno troço da Av. 5 de outubro. A Câmara Municipal de Lamego apela à compreensão e colaboração dos moradores e comerciantes das zonas envolvidas para que se associem a esta manifestação cultural e respeitem as restrições em relação à circulação e estacionamento automóvel.
Organizada pela Câmara Municipal de Lamego, através do programa Viver Lamego, a Feira Medieval representa um investimento de 56 mil euros, comparticipado em 85% através do QREN.