Os projetos de cooperação a empreender inserir-se-ão prioritariamente nas áreas da administração municipal, formação profissional e promoção social e cultural.
A iniciativa de assinar o protocolo de geminação teve em consideração as afinidades históricas, linguísticas e culturais entre a República de Portugal e a República Federativa do Brasil, fruto de uma vivência comum de 500 anos; o facto de se tratar de dois povos soberanos, com regimes democráticos consolidados e que lutam pela melhoria das condições de vida em contextos políticos distintos e a vontade expressa pelos dois municípios em promover a amizade e a cooperação em prol das respetivas populações.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Resende, António Borges, “esta pode ser uma grande oportunidade. A cidade de Resende é o sexto pib/per capita do Brasil e poderão abrir-se oportunidades não só no campo cultural e da mera troca de experiências, mas também no que respeita a oportunidades de investimento e de investidores ou processo de trocas comerciais”.
De referir que Resende é, atualmente, uma das cidades mais importantes do Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, possuindo uma área de 1.116,2 km2, distribuída por 7 distritos, sendo que a sua população ultrapassa os 100 mil habitantes.
Com o declínio da exploração do ouro no século XVIII, antes de ser elevada à categoria de vila já contava fábricas de anil, lavouras de tipos variados e fábricas de açúcar, tendo já importância junto à Corte como abastecedor de produtos de subsistência, sendo pioneira no plantio de café, a partir de 1770, base histórica da economia da região. Os proprietários das plantações tornaram-se, mais tarde, importantes e influentes cidadãos, contribuindo para a criação de um conjunto de infra-estruturas em Resende.
Em 29 de setembro de 1801 (data consagrada como aniversário de Resende) foi elevada a Município, denominando-se Resende em homenagem ao Conde de Resende e em 27 de agosto de 1848 passou à categoria de cidade. Entretanto, as pragas nas plantações de café e o alto preço da mão de obra inviabilizaram a atividade, deixando o caminho aberto para a economia agropecuária e pequenas indústrias que se propagaram na 1.ª metade do século XX, época em que é fundada no Município a Academia Militar das Agulhas Negras (1943).
Somente na segunda metade do século passado tomou impulso o desenvolvimento industrial com a construção da estrada “Presidente Dutra”, facilitando as comunicações entre as cidades do Rio de Janeiro e S. Paulo, o que possibilitou o reassumir da importância económica atraindo grandes investimentos.