foto SANDRA FERREIRA/JN |
"O tribunal movimenta mais de mil processos e em cerca de 75% são nomeados advogados oficiosos, o que indica as dificuldades da população", afirmou Cláudia Couto, representante da Ordem dos advogados de Resende.
O edifício do Tribunal, que é do Ministério da Justiça, teve obras nos últimos quatro anos no valor de 375 mil euros, realçou.
"Os resendenses também têm direito" e "Não ao encerramento do tribunal" lia-se nos cartazes empunhados pela população em frente ao edifício do tribunal da câmara municipal.
"Isto é revoltante", afirmava Arlindo Sequeira, ex-presidente da junta de freguesia de Resende (PS), que considera que o encerramento do tribunal "vai afetar a economia do concelho."
"Acho que isto não tem jeito nenhum", protestava uma habitante da freguesia de S. Cipriano. "Se nos fecham o tribunal é preferível ir para a prisão porque não tenho transporte para me deslocar para Viseu ou Lamego", adianta.
"Lamento que a ministra da Justiça não se tenha lembrado que as pessoas de Resende são portugueses e nem sequer tenha previsto a criação de uma delegação de proximidade", afirmou o advogado João Gama.
Junto à câmara municipal, o ex-presidente da câmara de Resende, António Borges, atual presidente da Assembleia Municipal, assegurou à população que a autarquia tudo vai fazer para que o tribunal não encerre, prometendo recorrer a todos os meios.