“Trip de Família”, ou “We’re the Millers” no original é o filme que passa no próximo
dia 10 no auditório. E foi sobre ele que decidi falar. A sinopse do filme no
site da ZON Lusomundo diz o seguinte: “David Burke (Sudeikis) é um pequeno traficante de
droga, cuja clientela inclui chefs e mães de família, mas não crianças – afinal
de contas, ele tem escrúpulos. Então o que pode correr mal? Muita coisa. Pelos
motivos óbvios tenta manter-se discreto mas aprende da maneira mais difícil que
nenhuma boa acção fica impune quando tenta ajudar alguns adolescentes e acaba
por ser atacado por um trio de punks. Ao roubarem a sua droga e o seu dinheiro,
deixam-no com uma grande dívida ao seu fornecedor, Brad (Ed Helms). De forma a
dar a volta à situação, David tem agora de tornar-se num grande traficante e
trazer uma mercadoria do México para Brad. Com a ajuda dos seus vizinhos, a
stripper cínica Rose (Aniston), o potencial cliente Kenny (Will Poulter) e a
adolescente com tatuagens e piercings Casey (Emma Roberts), David elabora um
plano infalível. Uma esposa e dois filhos falsos e um enorme e skiny RV?
Depois, os “Millers” seguem para o sul da fronteira para um fim-de-semana de 4
de Julho que certamente acabará mal.”
Confesso que estava um pouco reticente em relação a este
filme, não se ouviu falar muito dele e os actores não são de todo profissionais
que me chamem a atenção. Depois claro está o facto de ser uma comédia
americana. Quantas e quantas é que a indústria não consegue produzir todos os
anos? São filmes atrás de filmes, mais do mesmo. Em qualidade cinematográfica
penso que as comédias americanas não têm grande sorte, claro que há um ou outro
que se destaca. Mas são tantas comédias que começa a desacreditar um pouco o
público sobre a qualidade das mesmas. Sim, está visto que sou mais fã de cinema
europeu mas isso é outra história. Posto isto, por estas e por outras vi o
“Trip de Família” sem expectativas nenhumas. E por não as ter acabou por
satisfazer. Não é nenhuma obra-prima e muito menos faz rir do princípio ao fim
mas arranca umas boas gargalhadas. Sem tentar ser moralista consegue passar a
mensagem que a família não precisa de ser de sangue, pode ser pessoas que
escolhemos mesmo que sejam strippers ou vizinhos com quem raramente trocamos
uma palavra. O melhor do filme é mesmo a família que os protagonistas conhecem
na fronteira mexicana. Família essa que interpreta o papel tipicamente
americana sempre simpática e disposta a ajudar mas que acaba por se tornar um
pouco incómoda. Principalmente quando se descobre que ele é polícia na divisão
dos narcotráficos. E os Miller têm a caravana cheia de droga. Posto isto vá até
ao auditório, descontraia e aproveite o filme. Ah e se for do género masculino
e fã da Jennifer Aniston não tire os olhos do ecrã quando ela fizer o seu
número de strip.
Os outros filmes no auditório em Janeiro são:
17 de Janeiro- “Aviões” (Planes)
24 de Janeiro- “Ataque ao poder” (White House Down)
31 de Janeiro- “Miúdos e Graúdos 2” (Grown Ups 2)
Bons filmes e até Fevereiro,
Raquel Evangelina