O autarca falava durante uma reunião da Comissão de Educação, Juventude, Cultura e Investigação do Comité das Regiões da União Europeia, em Bruxelas, no âmbito de uma audição sobre a “União da Inovação e a Década da Inovação”.
Nesse encontro José Luís Carneiro lembrou que “as sucessivas abordagens aos fundos destinados à coesão social e territorial têm esquecido muitos dos territórios de baixa densidade, normalmente de cariz rural e de montanha, o que conduz a um aumento das assimetrias territoriais e sociais”.
“Em regra a inovação está associada aos grandes centros urbanos e à própria cooperação que se pode estabelecer nestes locais. Contudo, esta lógica que é geradora de oportunidades nesses grandes centros populacionais, tem efeitos nocivos nos territórios de menor densidade que ocupam uma função primordial na valorização dos recursos locais, nomeadamente nos domínios cultural e ambiental. O exemplo está na redução dos fundos do FEADER destinados à valorização do mundo rural”, concluiu José Luís Carneiro.
Como forma de colmatar esta situação, e à luz da tendência de perda populacional generalizada no continente europeu, o edil baionense entende que a atribuição de mais recursos para a valorização de recursos e comunidade locais, de menor dimensão, seria importante para fixar pessoas nestas comunidades. “Isso sim seria uma abordagem verdadeiramente 'inteligente', porque ajustava a resposta e o apoio à inovação aos territórios e às suas necessidades concretas”, notou.
O debate realizado a propósito desta temática contou com a presença do diretor em exercício da União da Inovação e Espaço Europeu da Investigação, Peter Droell, do chefe da unidade do Centro de Competências para o Crescimento Inteligente e Sustentável, Mikel Landabaso e do diretor da Rede de Investigação e Inovação das Regiões Europeias, Richard Tuffs.