A pertinência deste rastreio prende-se com o facto de em Portugal, o cancro do cólon e reto (CCR) representar a primeira causa de morte por cancro. A mortalidade tem vindo a aumentar consistentemente nas últimas décadas. Na Região Centro, a incidência do CCR tem vindo a aumentar de forma acentuada e persistente, constituindo um grave problema de saúde pública. O CCR é das neoplasias mais suscetíveis de ser prevenida. A grande maioria destes tumores têm origem em pólipos inicialmente benignos, após uma evolução neoplásica de 10 a 20 anos, o que dá uma boa margem para permitir a sua deteção precoce, em fase curável. O CCR dispõe de um tratamento curativo eficaz, sendo os resultados deste tratamento notoriamente melhores quando precocemente efetuado, contudo, é dos rastreios oncológicos, o mais difícil de implementar. Estudos provam a redução da mortalidade por cancro do cólon e reto através do rastreio.
Este rastreio é baseado no teste de Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF), bienal, seguido de colonoscopia total nos casos positivos. A especificidade na deteção de cancro é alta, situando-se entre 90% e 98%.
Os destinatários alvo são os utentes da Unidade Móvel de Saúde, assintomáticos, com idade igual a 50 anos e igual ou inferior a 70 anos, inscrita no Centro de Saúde de Castro Daire. Assim, sendo, em 2014 estão abrangidos os nascidos entre 1944 e 1964, de forma bienal (1944, 1946, 1948, 1950, 1952, 1954, 1956, 1958, 1960, 1962 e 1964).