O certame deste ano teve início oficial no dia 31 pelas 10H da manhã, com a abertura das barracas de venda de cereja mas também as de artesanato. Durante o dia de Sábado, a animação começou também cedo com vários grupos do concelho e prolongou-se até à noite onde encerrou com um concerto da Banda “A nova” de S. Cipriano nos Paços do Concelho.
Domingo, dia principal deste Festival, o cenário repetiu-se com a abertura das bancas às 10H e a animação pelo dia, mas o ponto mais alto foi as 15H, quando o cortejo temático intitulado “Dos direitos da criança aos direitos da cereja”, que contou com mais de 900 crianças dos estabelecimentos de ensino do concelho e com vários carros alegóricos, saiu à rua. “Isto é um complemento à venda da cereja, uma colaboração das escolas com a Câmara Municipal e estamos muito satisfeitos. É fenomenal ver estas crianças a desfilar pelas ruas”, disse o Presidente da Câmara Municipal de Resende, Garcez Trindade, sobre o cortejo temático que este ano se juntou ao Dia Internacional da Criança.
A cereja, rainha destes dias, esgotou no final do Festival, informação que a Câmara Municipal confirmou nos dias seguintes, uma vez que o Presidente do Município já tinha dado indicações nesse sentido ao Notícias de Resende durante o certame: “No Sábado, que costuma ser um dia, vá lá, suficiente, disseram-me que foi um dia muito bom e isso significa que provavelmente hoje, Domingo, estará bem melhor.”
Noutro tema que está na ordem do dia, a economia local e nacional, Manuel Trindade reiterou que este evento é muito importante nessa vertente e garantiu que a Câmara Municipal e os produtores deste fruto no concelho estão interessados em aumentar a escala de produção e a qualidade da cereja. “Estamos na construção desse projeto que irá, eventualmente, ser candidato a fundos comunitários para pôr a disposição dos produtores.”
O XIII Festival da Cereja acabaria por chegar ao fim de mais uma edição, já sem cerejas para venda, por volta das 18H30 de Domingo, dia 1 de Junho, mas não sem antes o Notícias de Resende ouvir António Borges que lançou duras críticas à comunicação social nacional, mas não só. “Eu devo dizer que fico magoado quando se faz, como se fez este ano, uma campanha contra a cereja de Resende e muitos dos seus produtores não reagem a uma manipulação da opinião pública que prejudica os seus interesses e prejudica a marca «Cereja de Resende». [Mas fala da comunicação social nacional?] Falo de alguma comunicação social nacional que é muito imprudente naquilo que faz. Nós sempre tivemos aqui muitos problemas no passado quando produtores de outras regiões vinham aqui comprar caixas para depois meter cerejas de outras regiões nas caixas de Resende e, portanto, num ano que é um ano difícil se procura tentar inverter aquilo que é o valor de uma marca nós temos que reagir e isso não nos pode deixar insensíveis e temos que ser capazes de reagir. Resende tem cerca de ¼ da produção nacional de cereja, seja qual for o ano agrícola, seja ou ano melhor ou pior de cereja nós temos sempre muita e boa cereja.”, atirou o Presidente da Assembleia Municipal, António Borges.