Os juvenis de Mexilhão-de-rio-do-norte (Margaritifera margaritifera), agora libertados, foram reproduzidos em cativeiro nas instalações do Posto Aquícola de Campelo (Figueiró dos Vinhos), onde foi recriado o processo que ocorreria na natureza, com o objetivo de aumentar a população envelhecida que ocorre no rio Paiva.
Os mexilhões-de-rio são bivalves de água doce que, devido às suas características biológicas únicas, são excelentes indicadores ambientais, funcionando como sentinelas. São animais filtradores, alimentando-se de algas e partículas em suspensão na água. Têm uma longevidade elevada e o seu ciclo de vida depende de determinadas espécies de peixes, às quais se fixam as larvas parasitas (gloquídios). Por este motivo, têm uma dependência direta de diversas componentes do ecossistema, contribuindo eles próprios para moldar esse ecossistema e influenciar positivamente a qualidade da água, através, por exemplo, da filtração que efetuam da mesma.
Esta atividade contou com a presença do Sr. Vereador do Ambiente do Município de Castro Daire, Leonel Ferreira, o mesmo afirmou que esta parceria desenvolvida entre o Município, a Quercus e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) – que teve a cobertura da RTP1 – é demonstrativa da qualidade das límpidas e cristalinas águas do Rio Paiva que, nascendo na Serra de Leomil – Pêra Velha/Moimenta da Beira atravessa, por entre margens verdejantes e meandros encaixados, o território do município, conforme teve oportunidade de, perante as câmaras televisivas, referir. Referiu, ainda que o Rio Paiva é, também, um pólo do atracão turística e de lazer sendo disso exemplo a Praia Fluvial de Folgosa – propriedade do Grupo Desportivo e Recreativo de Folgosa – a Ponte de Cabaços, junto a Reriz e outros locais paradisíacos que, ao longo do seu curso, encontramos...qual deles o mais recatado e bucólico!...
Com o objetivo de maximizar o usufruto das suas despoluídas águas, encontra-se em fase de conclusão a Praia Fluvial de Lodeiro, na freguesia de Cabril, cuja obra foi lançada pelo Município e teve o apoio do PROVERE.
No que concerne aos falados e, ciclicamente, propagados focos de poluição que - mau grado os esforços do Município para os evitar – vão, casuística e pontualmente, surgindo está-se a diligenciar para que nos Programas dos Fundos Europeus - 2014|2020 – as ETAR venham a ser contempladas, pois o Município não tem – por si só – capacidade financeira para construir novas ETAR em substituição das mais antigas.
Mas – como todos nós sabemos – há um tempo para tudo!...