A oferta de cinema que o Auditório Municipal nos traz este mês começa mais logo com o drama biográfico “Grace do Mónaco”. O filme retrata a vida da atriz Grace Kelly enquanto esposa do principe Rainer e alguns altos e baixos da época. No dia 17 de Outubro é a vez de “Transformers: A Era da Extinção”, este é o 4º filme da saga que conta com interpretações de renome como Mark Wahlberg. Para terminar no dia 31 de Outubro é a vez de “Aviões: Equipa de Resgate”, esta sessão dedicada aos mais novos foi sobre a qual escolhi falar.
Ainda não vi nenhum dos 3 e como tenho curiosidade com os primeiros dois decidi pesquisar críticas acerca do filme de animação. A Sinopse diz o seguinte: “Quando o corredor aéreo mundialmente conhecido Dusty descobre que o seu motor está danificado e que poderá nunca mais correr, vê-se obrigado a mudar de rumo e é lançado no mundo do combate aéreo aos incêndios. Dusty une forças com o helicóptero veterano de resgate e de combate aos incêndios Blade Ranger e à sua equipa corajosa, incluindo a espirituosa avião tanque Dipper, o helicóptero de carga pesada Windlifter, a ex-avião de transporte militar Cabbie e um conjunto animado de veículos todo-o-terreno conhecidos como Os Bombeiros Paraquedistas. Junta, a equipa destemida combate um incêndio destruidor e Dusty descobre o que é preciso para se tornar num verdadeiro herói.”
Das pesquisas de cr´ticas que efetuei na Internet escolhi publicar a de Tiago Varzim, um estudante de Jornalismo, redator do site “Espalha Fatos”, a mesma pode ser consultada em http://www.espalhafactos.com/2014/07/18/avioes-equipa-de-resgate-o-motor-da-disney-esta-a-meio-gas/. “A aposta da “Disney” no mundo dos aviões, depois do sucesso de “Carros”- onde já havia aviões, mas estes não eram os protagonistas – , continua. “Aviões: Equipa de Resgate”, que estreia hoje, dia 17 de julho, dá continuidade a esta aposta na ação em altitude. A imaginação dos criadores transportou a narrativa dos pilotos de corrida para o mundo dos aviões-bombeiros. Para ajudar à festa da animação, a sequela vem em três dimensões: um 3D bem aproveitado, o que revela que os estúdios americanos já começam a perceber melhor as potencialidades e a justificar o uso deste modelo.
Enquanto que o primeiro filme era um filme de corridas, o segundo revela-se para além da velocidade e das corridas. Tornando-se mais sentimental e emocional, Aviões: Equipa de Resgateaproxima-se de uma película trágica com os heróis e anti-heróis necessários para o sucesso e eficácia deste 83 minutos de fita. “Aviões” apresenta-nos a história de um mero pulverizador que se transforma, de forma apoteótica, num campeão mundial de aviação.
À velocidade da luz, Dusty– o jato supersónico – revela-se um excelente corredor, emancipação esta que traduz de forma rápida o filme. A ascensão meteórica (sem recurso ao livro Air Racing for Dummies) tem obstáculos: o preconceito perante o ‘farmer boy‘ e o seu medo pelas alturas. No entanto, Dusty agarra no lema “volo pro veritas” (voar pela verdade) e ultrapassas os medos, tendo até direito a uma caneca ‘pulverizador Dusty‘ que reflete a fama e o sucesso que conquistou.
A transição para o segundo filme é em queda. O sucesso de Dusty nas corridas está comprometido porque o seu motor está danificado e, segundo os seus amigos, não poderá nunca mais correr. Depois de ter sido o catalisador de um incêndio – e de o ter presenciado da pior forma – Dusty decide apostar no mundo do combate aéreo aos incêndios. Com a ajuda do veterano Blade Ranger, Dusty aprende a ser um verdadeiro bombeiro aéreo e a contornar o problema no motor que é o fantasma da sua vida.
Ao lado da equipa constituída pelo helicóptero de carga pesada Windlifter, a ex-avião de transporte militar Cabbie e um conjunto animado de veículos todo-o-terreno, Os Bombeiros Paraquedistas. Todos eles vão ter de enfrentar um dos maiores incêndios de que há memória no histórico Parque Nacional Pico Pistão… será que Dusty se revelará um avião especial? É a esta pergunta que o primeiro filme respondeu, e que “Aviões: Equipa de Resgate” volta a responder.
O abandono das pistas e o ingresso nos bombeiros não foi pacífico. Aliás, a maior parte da história desenrola-se perante os conflitos desta transição. A fórmula da Disney, porém, não muda: uma ação empolgante, é verdade, junta-se ao humor para crianças aliado à típica emoção que só a Disney sabe dar. A cereja em cima do bolo é a habitual moral final.
Mas será que a fórmula se pode repetir continuamente? As crianças continuarão a gostar, presume-se, mas os pais que as acompanham dirão que este “Aviões” da Disney está longe de conseguir a adesão cega dos espectadores. E há ainda mais um ingrediente irritante em “Aviões”: aquele entusiasmo com que as personagens falam, bastante característico dos filmes de animação, acaba por cansar neste “Aviões: Equipa de Resgate”, deixando-nos tudo menos entusiasmados.
Contudo, há um grande ponto positivo neste que parece ser mais um filme da Disney. O 3D é bem aproveitado ao longo de toda a película, e é justificado pelas várias cenas de perigo no monte protegido pelos bombeiros. O fogo, os movimentos rápidos, a ponte a cair – tudo ajudou para que realmente fosse difícil tirar os olhos do ecrã. Daí que possa dizer que os óculos para ver em 3D não foram um mero acessório. Na verdade, o que mais cativa em “Aviões: Equipa de Resgate” é a adrenalina transmitida ao espectador através do 3D nas cenas de maior tensão dramática e de maior ação, seja com árvores a cair, seja com um caminho bloqueado pelas chamas.
Dusty revela-se como o típico herói que perante as dificuldades ultrapassa-as. Depois do auge da narrativa, onde revela-se como herói supremo, dizem-lhe: “aquilo que tu fizeste revela que és um avião especial“. E, de facto, os dois filmes confirmam isso mesmo: no primeiro não pára de subir na sua carreira como corredor – tanto que parece que tudo se passou em segundos -, e no segundo filme, enfrenta uma queda no seu percurso com uma subida aos ataques aéreos a fogos de forma eficaz.(...)”
Bons Filmes
Raquel Evangelina