A moção de estratégia “Agenda para a Década” define aquela que é a linha política do PS nos próximos dois anos e deverá constituir, no dizer de António Costa, «uma plataforma de diálogo com a concertação social e as forças políticas partidárias».
Várias foram as matérias analisadas e debatidas entre o futuro Secretario Geral do PS e os militantes do Distrito de Viseu, desde a revisão estatutária do PS à estigmatização do Interior, nomeadamente ao fecho de serviços estruturantes como os Tribunais.
Com a “Agenda para a Década”, o PS vem colocar um travão na política de austeridade, uma obsessão do atual Governo que vê nos cortes indiscriminados a única forma de governar, agudizando exponencialmente as desigualdades sociais e perpetuando os elevados números da dívida pública. Uma política de gestão orçamental fracassada, incapaz de fazer o melhor aproveitamento dos fundos comunitários e extremamente inibidora do investimento público.
Na moção que veio apresentar, António Costa coloca como objetivo do Partido Socialista a obtenção de maioria absoluta nas próximas eleições legislativas, defende «amplos e alargados compromissos sociais e políticos, bem como a criação de consensos em torno dos grandes problemas do país e a afirmação de um Governo de maioria absoluta de matriz socialista, como a única alternativa ao desastroso governo de coligação de direita.
António Borges, Presidente da Federação Distrital de Viseu, realçou que no distrito de Viseu (o maior do país em número de concelhos e com 11 presidentes de câmara do PS) são bem conhecidas as acrescidas dificuldades por que passa o interior do país, cada vez mais adversas ao desejado e imperioso desenvolvimento.
- Sem uma estratégia clara para os serviços de proximidade, este Governo está a esvaziar muitos dos territórios do distrito, revelando uma ausência de políticas consistentes para a reforma administrativa, para a definição de um mapa judiciário racional e eficaz e ainda para outros tantos aspetos, como uma renovada e urgente organização do território. Importa que saibamos ser eficientes na eliminação e na sobreposição de recursos da administração pública.
- As propostas que o Governo apresentou em Bruxelas, sem atender aos problemas das comunidades locais, relativamente aos critérios de contratualização no Portugal 2020 – com cortes de 53% no centro e de 43% a norte - representam uma grave ameaça para o distrito de Viseu e para as políticas de coesão do país, revelando ainda uma total inabilidade para defender Portugal nos núcleos europeus de decisão política.
- António Borges sublinha a falta de vocação política do atual governo em matéria de investimento como aliás comprovou quando veio aplicar o conceito de “last mile” a muitos dos nossos problemas estruturais.
O Presidente da Federação demonstrou a total disponibilidade do distrito para, em conjunto com os demais distritos e regiões do país, devolver aos portugueses a esperança perdida, através da eleição maioritária de um novo executivo liderado por António Costa, como Primeiro-Ministro de Portugal.