Assumindo-se como uma discípula de Platão, a autora reflete, na sua obra, através de poemas, acerca de situações do quotidiano que nos são familiares. A azáfama da vida de todos os dias ou do comportamento dos agentes políticos refletem a realidade conhecida de Portugal mas poderiam ser transpostas para outros países do “mundo ocidental” parecidos com o nosso. “Em Platão encontramos muitas respostas às questões que povoam a nossa vida, porque foi um autor que escreveu sobre o conhecimento, sobre a sociedade, a política a religião ou a estética”.
Publicada pela edições Simplesmente, a obra possui caraterísticas especiais, dado que as ilustrações couberam à artista Moreira Monteiro, filha de Maria Margarida Moreira.
José Luís Carneiro enalteceu a “grande sensibilidade” de uma autora que dedicou a sua vida à filosofia. O autarca assinalou ainda a “feliz coincidência” decorrente do talento da união de mãe e filha numa obra literária.
A editora da obra e responsável pelas edições Simplesmente, Isabel Rio Novo, elogiou a qualidade do pensamento filosófico de Maria Margarida Moreira, apelidando-a a de “Discípula de Platão, mas já mestre” e como “uma voz que perturba e que salva”.
A sessão ficou completa com uma leitura de poemas retirados do livro e com uma apreciação dos desenhos de Moreira Monteiro que permanecem em exposição no Posto de Turismo até ao final do mês de novembro.