Sob moderação de José Mota, Vice-presidente da Câmara Municipal; Isabel Santana, da CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal e de José Martino, do Espaço Visual - Consultores de Engenharia Agronómica (na 1ª sessão) e de Lurdes Queirós, da Associação de Agricultores de Ribadouro (na 2ª sessão), decorreram duas mesas redondas que contaram com uma grande afluência de público, que não quis perder a oportunidade de ouvir os testemunhos, dificuldades e sucessos de vários produtores marcoenses que trabalham em áreas como a viticultura, fruticultura e horticultura, cogumelos, hortícolas hidropónicas, floricultura ou floresta.
Um ciclo de conversas que proporcionou uma troca de experiências, sugestões, esclarecimento de dúvidas e detecção de lacunas a colmatar no sector agrícola, designadamente em regime de cultura familiar.
«Com estas iniciativas procuramos dar a conhecer em que situação se encontra a agricultura familiar hoje em dia e em particular no Concelho do Marco de Canaveses, abordando questões como as oportunidades em tempos de crise, os apoios e incentivos disponíveis a nível local e nacional, a agricultura familiar versus produção em massa, e o papel e futuro dos “novos agricultores”» referiu Manuel Moreira, Presidente da Câmara Municipal.
Duas Conferências do Marco, «em que efectivamente ouvimos os agricultores do Marco de Canaveses, seguindo uma linha preparatória para o Seminário que vamos realizar no dia 28 de Novembro. Aí iremos aprofundar as conclusões retiradas destas Conferências e apresentar contributos para a consciência colectiva e para a divulgação daquela que é a nossa realidade rural, assente numa agricultura de cariz familiar, assim como para perspectivar a importância do seu desenvolvimento sustentável e do seu contributo para o desenvolvimento do Concelho do Marco de Canaveses», apontou Manuel Moreira.
Refira-se que cerca de 70% dos alimentos no mundo são produzidos por agricultores familiares e 40% das famílias dependem desta actividade para viver. Na Europa, os agricultores familiares exploram 68% da superfície agrícola utilizada. Em Portugal, há cerca de 800 mil pessoas nesta situação, ou seja, são 300 mil famílias que gerem e trabalham na sua própria produção.
A celebração deste Ano Internacional tem como principal objetivo colocar a Agricultura Familiar no centro das políticas agrícolas, ambientais e sociais de cada país, assinalando as ameaças e as oportunidades para promover uma mudança que conduza a um desenvolvimento mais equitativo e equilibrado.