Acácio Pinto Deputado do PS |
O congresso foi inequívoco na aprovação da estratégia de António Costa, da agenda para a década, aprovada por unanimidade, e igualmente foi magnânimo na eleição dos órgãos nacionais, onde pontifica todo o PS.
Mas para além das intervenções e do voto dos congressistas, o secretário-geral do PS pôde também ouvir um vasto leque de cidadãos, independentes e simpatizantes, associarem-se à agenda do PS e a deixarem importantes contributos para o futuro projeto socialista. Dentre estes destaco o ex-reitor da universidade de Lisboa, Sampaio da Nóvoa.
Pode, mesmo, dizer-se que a integração de vozes da sociedade no alinhamento das intervenções aos congressistas foi uma das grandes novidades deste congresso. Mas merece igualmente especial destaque a homenagem às 34 mulheres vítimas de violência doméstica em 2014, com o congresso a ouvir em silêncio os respetivos nomes, ditos pela voz da atriz Maria do Céu Guerra.
Ou seja, António Costa e o PS deram corpo, neste congresso, a uma nova forma de relacionamento, em confiança, com os cidadãos. O Partido Socialista deixa de estar fechado sobre si mesmo e integrou, desde já, nos seus estatutos, a possibilidade do processo de primárias na construção das suas decisões políticas, trazendo, assim, uma grande lufada de cidadania à vida partidária.
Para o futuro, António Costa traçou também algumas das suas principais linhas de atuação, evidenciando desde logo a sua grande preocupação para com os problemas efetivos dos portugueses, que não são meras estatísticas. São pessoas, são “histórias concretas” de vida que têm que ser analisadas como tal e merecem respostas objetivas.
Associou-se, de igual modo, à luta dos jovens contra o dilema da emigração ou do desemprego, depois da conclusão, com grande esforço dos pais, da sua qualificação profissional.
Ficou também expressa a sua oposição ao desemprego de longa duração que afeta homens e mulheres das faixas etárias ativas mais avançadas.
O chumbo pela maioria da proposta de manutenção da cláusula de salvaguarda do IMI que o PS propôs, mereceu também a sua consideração e a sua crítica. Este foi um comportamento completamente insensível do PSD e do CDS.
Enfim, só pensando diferente poderemos apresentar um programa diferente, um programa que qualifique os portugueses e que apoie as empresas, como via para a competitividade e para o desenvolvimento do nosso país.
Afinal, um programa de confiança e de esperança para Portugal.
Acácio Pinto
Deputado do PS