Acácio Pinto Deputado do PS |
É que sem confiança não há políticas, não há medidas, não há qualquer estratégia para Portugal.
Mas o que é também facto é que a confiança não se gera em torno de um governo e de um ministro da educação que tem conduzido as escolas para a instabilidade e para o caos.
Precisamos, portanto, de outras políticas mas também de outros intérpretes.
E há gritos, há conclusões, diga-se, em que há um vasto consenso na sociedade portuguesa: basta de desvarios na educação, basta de retrocessos no serviço público de educação e na escola pública, basta de desinvestimento na qualificação das pessoas.
E se dúvidas existissem da razão destas conclusões bastaria olharmos para trás, agora que estamos no final do 1º período letivo.
E se o fizermos o que encontramos?
Encontramos os meses mais negros de que há memória na educação em Portugal, uma forma trágica e experimentalista de começar um ano letivo. Mas se olharmos para a frente o que vemos é a prossecução de medidas avulsas, como sejam a prova de avaliação dos professores e que mereceu um recente e arrasador parecer por parte do provedor de justiça.
O quadro é este e é deste quadro que Portugal tem que se libertar.
Ou será que queremos continuar o caminho do aumento das retenções e da diminuição da escolarização conforme os indicadores estatísticos mais recentes já o demonstram?
Ou será que queremos continuar a ter escolas profissionais e artísticas sem receber há vários meses?
Este não será o nosso caminho. Para nós a aposta tem que ser num serviço público de educação e numa escola pública para todos, na qualificação dos portugueses, o recurso mais valioso de que dispomos para relançar a economia e para reganhar o futuro.
E o futuro não se ganha com falta de rigor, com desperdício de capacidade de oferta da rede pública de educação, com cheques ensino e privatização da educação ou com a municipalização da educação negociada nas costas dos portugueses.
O futuro constrói-se com os alunos, com os pais, com os professores, com o pessoal não docente, com todos, mas com todos em confiança.
Acácio Pinto