Para chegar a este acordo, os autarcas dos dois concelhos, conseguiram que a ARS-Norte assuma as despesas de manutenção, incluindo limpeza e valores correntes com água e luz, bem como pessoal administrativo e de enfermagem, enquanto as autarquias terão de pagar ao pessoal médico.
Para os dois autarcas esta foi a “solução possível”.
"O desfecho é positivo, no entanto, muito positivo teria sido não acontecer o que aconteceu, o encerramento de um serviço às populações e a administração central demitir-se de uma responsabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", referiu José Luís Carneiro.
Questionados sobre a verba necessária, ambos os autarcas admitiram que terão de "cortar em outras prioridades", considerando que a saúde é "a primeira de todas as prioridades".
José Luís Carneiro vincou que o acesso a cuidados médicos é "um direito consagrado na Constituição", enquanto Garcez Trindade acrescentou que "não se está a falar apenas de emergência médica", sublinhando o recurso ao serviço por pessoas com doença aguda e ao aspeto tranquilizador.
"Deixar um concelho do interior sem serviço médico de noite é colocar as populações numa situação de desigualdade com outros territórios", foi a ideia que ambos os autarcas partilharam.
O Serviço de Atendimento Permanente noturno dos centros de saúde de Baião e Resende está previsto reabrir entre o final do mês de janeiro e o fim do mês de fevereiro de 2015.
No dia 31 de outubro, os municípios avançaram, em separado, com providências cautelares para suspender o encerramento do SAP entre as 00:00 e as 08:00, nos dias úteis.
A decisão de encerramento do SAP noturno entrou em vigor no dia 01 de novembro.