Na sua intervenção José Luís Carneiro defendeu “a necessidade de garantir uma integração global com a estratégia europa 2020 e com a abordagem sobre a governação a vários níveis”.
“ Importa construir os projetos de investimento a partir dos territórios e com as pessoas. Com as suas instituições representativas”, continuou.
Para José Luís Carneiro a exclusão das participações nacionais nesses investimentos dos limites impostos pelo pacto de estabilidade e crescimento constitui uma medida acertada.
“Esta leitura inteligente dos tratados e do pacto de estabilidade e crescimento constitui um bom caminho para o futuro europeu. Para garantir a confiança nas instituições democráticas e travar a emergência dos populismos que resultam em muito das políticas de austeridade impostas em diferentes estados membros. Combater o desemprego, promover o crescimento económico pelo investimento público de qualidade deve ser uma prioridade”, argumentou o membro do comité das regiões.
José Luís Carneiro defendeu também a vontade de desburocratizar os procedimentos. Sendo para tal necessário “confiar verdadeiramente na abordagem multinível. O excesso de procedimentos tecnocráticos retira energia aos actores do desenvolvimento local e prejudica gravemente a utilização dos fundos de coesão”, destacou.
O membro da comité das regiões nas suas considerações sublinhou a importância de se olhar para os territórios com menor expressão demográfica e com menores meios para participar na mobilização desses recursos; defendeu a presença e a participação dos autarcas locais e regionais nas decisões relativas à conceptualização e execução dos fundos destinados ao desenvolvimento económico e social regional e por último considerou necessária uma boa regulação no acesso e na aplicação dos apoios às PME`s, nomeadamente ao nível dos capitais de risco, à semelhança do que acontece com o setor público.
Catherine Day, do secretariado geral da comissão europeia, quando falou sobre a agenda para o investimento estratégico, crescimento e emprego na Europa, referiu que vão ser mobilizados de mais de 300 milhões de euros, sendo os áreas da energia e transportes prioritárias.
“Melhoraremos a assistência técnica e procuraremos desburocratizar os procedimentos. Vai ser, também criado um fundo de investimento europeu com participações voluntárias por parte dos estados membros”, garantiu.