Acácio Pinto Deputado do PS |
Cito aqui, a título de exemplo, duas dessas perguntas sobre a requalificação da EN 16, entre as Termas de São Pedro do Sul e Vouzela, que tiveram dois destinatários, a primeira, de abril de 2014, dirigida ao secretário de estado e a segunda, de outubro de 2014, dirigida ao ministro face à ausência de resposta de Sérgio Monteiro.
Apesar do regimento impor 30 dias para os membros do governo responderem, até hoje nada.
E se esta conduta é política e democraticamente muito grave, ela vai muito além disto. O mesmo secretário de estado também não se dignou até agora marcar uma audiência ao presidente da câmara municipal de São Pedro do Sul, que lha solicitou, pela primeira vez, em novembro de 2013, para tratar do mesmo assunto, requalificação da EN 16.
Mas os factos não se ficam por aqui.
É que o mesmo secretário de estado que não encontra agenda para receber o legítimo representante autárquico de São Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, foi lesto, muito lesto mesmo, em encontrar um “tempinho” para uma reunião com os seus companheiros do PSD de Mangualde, com direito a fotografia e tudo, conforme noticiou a comunicação social regional.
Mas esta conduta não se fica por este governante. Ela estende-se a muitos outros. Nuno Crato, por exemplo, é um outro caso de desrespeito institucional, também, para com o município de São Pedro do Sul.
Aqui trata-se da falta de resposta do ministro da educação e ciência aos pedidos da câmara para uma audiência onde fosse tratado o tema das obras de requalificação da escola secundária de São Pedro do Sul, que aguardam o seu início desde 2011.
E o grave nesta situação é que o ministério continua a ocupar a EB 2,3, escola que já não lhe pertence, pois ela foi adquirida ao estado pelo município de São Pedro do Sul.
Seria o mínimo, a marcação da solicitada audiência, como se vê, para acerto de pormenores. Mas não, Nuno Crato prefere este caminho arrogante e centralista.
Ora, este comportamento censório que julgávamos enterrado desde a instauração da democracia, está a ser ressuscitado por Sérgio Monteiro e por Nuno Crato, conforme exemplificámos, mas também por outros governantes, numa demonstração de um desrespeito institucional intolerável para com as mais elementares regras de funcionamento democrático e das regras do contraditório político.
Estão a mais, em democracia, os governantes e os governos que bloqueiam o diálogo e desrespeitam as instituições.
Embora já tardio, o seu fim está próximo!
Acácio Pinto