Assim, em 8 anos (2011-2019) o que o PSD/CDS fizeram e desejam para o nosso distrito é isto: uma cultura de resignação e de anúncio de obras, apresentadas quase como um ato de caridade, sobretudo para quem diz que tem os “cofres cheios”.
As intervenções de conservação e requalificação são uma atividade regular e obrigatória (era o que mais faltava!), mas não são a resposta para as ambições estruturantes de 400 mil pessoas que vivem nos 24 concelhos do distrito.
A título de exemplo, o que este Governo nos prometeu foi a ligação Viseu-Coimbra, o IC12, o IC37 ou uma nova estrada entre Viseu e Sátão. O que este governo nos prometeu foi a ligação de Resende à A24 ou a intervenção nas acessibilidades de Lamego a Trancoso ou de Cinfães à A4. Porém, sobre estes exemplos, entre muitos outros, nem uma palavra.
O Governo, pela voz de Sérgio Monteiro, secretário de estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, depois de muitas promessas, já há algumas semanas tinha deixado cair a máscara. Nada tendo existido para o distrito de Viseu neste mandato, teve a ousadia de dizer que tudo o que possa vir a ser feito vai ser “decidido pelo próximo Governo”.
É uma desilusão para todos, em todo o distrito, mesmo para os eleitores que confiaram o seu voto a esta maioria. Isso percebe-se muito bem no dia-a-dia, nas conversas informais com as pessoas, autarcas e dirigentes políticos que confessam a sua frustração ou surpresa, sendo que o de Viseu é, publicamente, o mais “espantado” com as decisões do Governo que integrou.
Os deputados do PS eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu denunciam assim a deriva e o embuste político de quem perdeu o respeito pelos eleitores e pela sua inteligência.
Aos deputados desta maioria, em Viseu, e ao Governo, os deputados do PS lembram que tal como nas autárquicas foi manifestado um profundo desejo de mudança, também nas próximas legislativas os viseenses não deixarão de punir quem interrompeu um ciclo de progresso em todo o distrito.