Organizado pela Federação Distrital de Viseu em colaboração com a estrutura concelhia local, teve como objetivo avaliar a atual situação das autarquias e discutir os problemas que afetam o poder local.
Criticas generalizadas à atuação do Governo da Direita no desrespeito sistemático pelos municípios portugueses e pela sua autonomia, mas também muitas preocupações relativamente aos quadros comunitários de apoio, nomeadamente, a carga burocrática do QREN e a falta de rumo do Portugal 2020, bem como o prejuízo que isso representa para o distrito de Viseu.
Inúmeros projetos financiados no anterior quadro, encerrados alguns deles há 3 e 4 anos, não têm os seus relatórios finais validados, inviabilizando o recebimento de verbas devidas às autarquias; o novo Portugal 2020 ainda não está no terreno ao serviço da economia e das pessoas; na contratualização os cortes são de 43% a norte e de 56% no centro do País; ou a trapalhada das estratégias para o desenvolvimento local de base comunitária (dlbc), com o distrito de Viseu a ver todas as candidaturas de tipologia urbana serem rejeitadas, foram alguns dos exemplos apontados.
Para o presidente da Federação, António Borges, “o contributo e o empenho dos autarcas é essencial para PS conseguir os seus objetivos eleitorais e esta convenção mostrou que há um espaço de construção e de afirmação regional que temos que reforçar, sob pena de continuarmos a ceder ao centralismo.”
Igualmente muito debatido o desrespeito do governo pelos municípios de pequena dimensão e das suas populações. Encerramento de tribunais, encerramento de serviços de urgência dos centros de saúde e outros encerramentos de serviços essenciais de proximidade, em particular no distrito de Viseu, tem sido uma marca forte do atual governo, que tem de forma sistemática abandonado estas comunidades.
As propostas já apresentadas pelo PS e por António Costa, como a nova lei das finanças locais, uma loja do cidadão em cada sede de concelho, a aplicação da Justiça nos territórios ou a nova organização do Estado a partir das CCDR´s, foram também referenciadas como uma nova forma de dignificar as autarquias e as suas populações.
Presenças de especial relevo de Maria do Céu Albuquerque, do Secretariado Nacional do PS, e dos Presidentes das Federações do Porto e de Vila Real, respetivamente, José Luis Carneiro e Francisco Rocha, num encontro realizado no auditório municipal de Cinfães e que teve como anfitriões o presidente da câmara cinfanense, Armando Mourisco, e João Sobral, o novo líder da concelhia local.