"Esteve um vento bastante forte e destruiu-nos uma grande parte da produção de cereja deste ano, se calhar entre 60 a 70%. Isto só visto", afirmou o presidente da associação de promoção CER Resende -- Cerejas de Resende, Rogério Silva.
As primeiras cerejas de Resende a serem colhidas são as da zona ribeirinha ao Douro e, só mais tarde, as da zona serrana.
O microclima duriense dá à cereja de Resende uma das suas principais vantagens, que é a de conseguir chegar ao mercado duas semanas antes do que a do resto do país.
"Na parte ribeirinha já se andava a apanhar cereja, na parte serrana ela ainda estava mais verde", explicou.
Segundo Rogério Silva, a chuva já tinha rachado a cereja da parte ribeirinha "e agora, na parte serrana, que estava mais serôdia, ainda estava verde, veio o vendaval e destruiu entre 60 a 70%".
Rogério Silva, que é um dos maiores produtores de cereja do concelho, considerou que, além da perda da produção deste ano, o vendaval de segunda-feira deixará consequências para os próximos anos, porque houve "árvores que ficaram danificadas".
"O vento bateu muito e secou a ponta e isso é grave para o futuro", frisou.
O presidente da CER Resende contou que esteve com outros produtores de cereja que estão muito preocupados e "um pouco indignados com a natureza".