No Mosteiro de Sta. Maria de Cárquere, Aníbal Cavaco Silva teve oportunidade de observar a arquitetura monumental, os frescos antigos existentes nas paredes por detrás dos retábulos e uma escultura miniatural, visigótica, com 29 mm de altura, em marfim, da padroeira da igreja.
Em Resende, o Presidente da República, visitou o Museu Municipal, onde observou a exposição de etnografia que caracteriza os usos e costumes da região, uma mostra relativa à Rota do Românico e a exposição permanente “Edgar Cardoso, Pontes no Douro”. Nesta ocasião, o Presidente da Câmara Municipal de Resende, Garcez Trindade, teve oportunidade de oferecer ao Presidente da República uma salva com o brasão do Município, a nova Monografia da Rota do Românico e a Maria Cavaco Silva, um presépio artesanal, gentilmente cedido pela Douro Arts & Events.
A visita finalizou na Igreja de S. Martinho de Mouros, onde alguns elementos, professores e alunos, da Orquestra da Escola Secundária de Resende protagonizaram um momento musical e crianças, professores e funcionários do Centro Escolar de S. Martinho Mouros distribuíram as tão deliciosas cerejas de Resende. Depois de uma explicação sobre as origens e a evolução do templo, o Presidente da República interveio durante uma sessão solene que assinalou a visita ao concelho e à Rota do Românico.
Na sessão solene, Aníbal Cavaco Silva transmitiu uma mensagem de esperança, salientando que “estamos a viver uma nova fase. Essa nova fase, penso que nos traz um pouco mais de certeza de que conseguiremos vencer e ultrapassar as dificuldades que têm sido grandes. Os portugueses conheceram grandes sacrifícios nos últimos anos, mas agora temos de enfrentar o futuro com confiança. É essa a posição em que me encontro: olhar o futuro com confiança”.
O Presidente da República deixou, ainda, um apelo aos autarcas da região para aproveitarem os fundos comunitários disponíveis até 2020, de modo a conseguirem atrair mais investimentos para a região.
Na ocasião, o Presidente da Câmara Municipal de Resende, Garcez Trindade, lamentou “as medidas penalizadoras do Poder Central que ditaram o encerramento do serviço de urgência noturno no nosso Centro de Saúde e o encerramento do Tribunal, fazendo desaparecer o nosso órgão de soberania e com ele a dignidade que oferecia a todos os resendendes. Disse, também, que “Resende não foi feliz na negociação que o Governo teve com a Comissão Europeia no âmbito do acordo de parceria Portugal 2020, uma vez que não foi atribuído envelope financeiro para a “last mile”, que daria a acessibilidade para ligar Resende e outros concelhos a uma via rodoviária estruturante, absolutamente necessária para o desenvolvimento económico do nosso concelho e da região”.
Acrescentou, ainda, que apesar de tudo “em Resende produz-se 5 vezes mais energia do que a que se consome no concelho, existem estratégias definidas no setor primário, nomeadamente na exportação de cereja, no setor agroalimentar, no turismo de saúde e bem-estar e no turismo cultural e religioso. Não podemos esquecer a Serra de Montemuro e o rio Douro aos pés que, com certeza, comportarão iniciativas ligadas às oportunidades que o Quadro Estratégico Comum abrirá”.
Com esta visita a Resende, o Presidente da República promoveu não só o concelho, como o património arquitetónico da região.