Alberto Correia, historiador, etnólogo, ex-director do Museu Grão Vasco, escreve no editorial, a propósito da castanha e da maçã, e lembrando mestre Aquilino: ”…dois dos mais maravilhosos frutos que o Criador por aqui plantou, a castanha e a maçã, evocando, a primeira as elevadas encostas bafejadas pelos longínquos ventos do Marão e os títulos de abono de Aquilino, lembrando igualmente a maçã a terra de árduos plantios, o clima dos longos invernos e cálidos estios e sempre essa poética legenda do Génesis, mãe Eva gulosa da doçura de um fruto maduro, Adão partícipe dessa desdita primeira cuja redenção agora se promove quando, sobre a nossa mesa, se estendem, perfumadas, com a doçura do mel ou a leveza de um acre sabor. Outono celebrado, enfim, como Terra Prometida”.