Os 40 anos de poder local democrático em Moimenta da Beira vão ser assinalados no próximo dia 17 de dezembro, um sábado, numa cerimónia que terá lugar no auditório municipal Padre Bento da Guia, sessão pública para a qual, num gesto de tributo, a autarquia convidará todos os eleitos locais saídos das 11 eleições livres já realizadas nestas quatro décadas que sedimentaram a existência do poder local, poder consubstanciado na criação das Câmaras e Assembleias Municipais e das Juntas de Freguesia que foi o primeiro passo para uma verdadeira revolução na esmagadora maioria dos territórios do país. Poder local ainda que constituiu uma das mais significativas transformações democráticas da sociedade portuguesa após a Revolução de 25 de Abril de 1974. Recorde-se que as primeiras eleições autárquicas livres realizaram-se a 12 de dezembro de 1976.

“Dificilmente seria possível há quarenta anos atrás imaginar os objetivos cumpridos, os progressos feitos e onde nos encontramos hoje. Não apenas ao nível das infraestruturas, que eram quase inexistentes, mas também quanto à educação, à saúde, à ação social, à promoção do homem na sua integralidade, em suma, às oportunidades cada vez maiores e, muito especialmente, cada vez mais igualmente acessíveis a um número cada vez maior de cidadãos”, escreve no prefácio do livro “40 anos de poder local democrático (1976-2016) – 40 anos de Democracia, Liberdade e Desenvolvimento no concelho de Moimenta da Beira”, o presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira.

A obra, que vai ser lançada nesta cerimónia evocativa, é da autoria do historiador Jaime Ricardo Gouveia (chancela das “Edições Esgotadas”), e aborda, nas suas 201 páginas, os antecedentes da Revolução dos Cravos e a transição para o regime democrático, e ainda a administração autárquica nas suas várias vertentes: política, infraestruturas, saúde e ambiente, população, cultura, educação e economia. O livro deixa ainda para o futuro os nomes de todos os eleitos locais (e quadros com os resultados numéricos e percentuais) dos 11 sufrágios já realizados desde 1976, e conta também passagens e relatos históricos desconhecidos da maior parte dos moimentenses.

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