sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

JS Viseu: A TAP, os Jovens e o Interior cada vez mais Interior: Os Jovens Socialistas do Distrito de Viseu pedem a intervenção do Governo na definição da política comercial da TAP, para aquilo que dizem ser mais uma agravante para o desenvolvimento da região, dificultando a mobilidade dos seus jovens

Luis Soares, Presidente da Federação Distrital de Viseu da Juventude Socialista assume que:

“Atualmente, ser jovem no interior por si só já não é tarefa fácil. Mas ser jovem no interior com portagens, que condicionam a sua ligação com os grandes centros, é ainda pior. Ser jovem sem ferrovia adequada às suas necessidades, já se torna frustrante. E agora ser jovem no interior, vivendo num mundo cada vez mais global, onde já não existem fronteiras para estudar, nem trabalhar e com a dificuldade de ligação por meios aéreos, torna-se o fim da linha para toda uma região e geração. “

Sendo o Distrito de Viseu, um distrito que se localiza na região centro-norte do território continental, utiliza o Aeroporto Francisco Sá Carneiro como principal acesso a diferentes pontos da Europa e do mundo. Neste sentido, a Federação Distrital de Viseu da Juventude Socialista, não pode deixar passar em claro a recente aposta comercial da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP).

Analisando o sucedido, Luis Soares refere:

“Olhamos para a estratégia da TAP que privilegia inclusive ligações de aeroportos estrangeiros em detrimento dos nossos, como uma estratégia de afastamento e quebra na relação de confiança entre os cidadãos e a companhia aérea nacional. Desta forma, damos o passo em frente na discussão e na defesa dos interesses do interior do país, das suas populações e sobretudo dos seus jovens.”

Já nos bastou ter assistido a uma desastrosa governação de quatro anos da direita portuguesa, liderada por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, que levou a cabo o mais feroz ataque da história do nosso país às ambições destes territórios e de tudo fizeram para tornar o interior cada vez mais interior. Foram responsáveis máximos do fenómeno de esvaziamento populacional que vivemos, tornando as populações cada vez mais isoladas, retirando-lhes os seus serviços públicos de proximidade, deixando os seus jovens sem emprego e convidando-os abertamente a emigrar.

Por tudo isto, o Presidente da Federação Distrital de Viseu da JS, convicto da posição assumida pela estrutura que lidera, diz:

“NÃO PERMITIREMOS que, agora que finalmente retomamos o caminho da esperança e da confiança no nosso país, exista mais uma condicionante, mais um entrave às aspirações e mobilidade dos jovens e das populações desta região.”

Chega do desinvestimento diário que a TAP faz no serviço que presta às pessoas de toda a região que nos inserimos.

Chega da TAP de dia para dia utilizar cada vez mais o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, como um mero aeroporto de escala.

Chega da TAP condicionar a mobilidade dos jovens do nosso território.

Mais que olhar a lucros, esta companhia aérea em que o seu capital maioritário é de todos os portugueses, deve olhar ao serviço público que presta, sendo este igual e de qualidade para todos os cidadãos, residam eles em Viseu ou em qualquer outra parte do país.

Sabemos, e não nos esquecemos, que o atual Governo da República sempre encarou a TAP como um ativo fulcral do desenvolvimento nacional, tendo por isso, recentemente, recuperado a maioria da participação do capital da empresa para que situações como esta não acontecessem. Neste sentido, existe uma só alternativa, menciona Luis Soares,
“solicitamos a sua célere intervenção na política comercial da companhia para que seja reposta a igualdade de direitos e isto não se torne mais uma agravante, a acrescentar a todas as outras que já se vivem por esta região.”

Em forma de conclusão, o líder da distrital de Viseu da JS explica qual deve ser a orientação futura:

“Façamos desta empresa, que leva as nossas cores a todo o mundo, transportando sonhos e ilusões, um ativo de todos os portugueses e não só de alguns. Agora é o momento da TAP assumir o seu papel, demonstrando com ações claras, que olha para Portugal e para os portugueses como protagonistas de um futuro que será construído entre todos, num país que é um só e que vale pelo seu todo.”

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